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Analice Nicolau
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Câncer de ovário: silencioso e de difícil diagnóstico precoce

Entre as novas ferramentas que proporcionam maiores chances de sucesso está o modelo Organoides Derivados de Pacientes, o PDOs, um teste de cultivo celular que detecta a doença

Analice Nicolau

18/09/2023 13h00

A expectativa anual é de pelo menos 6 mil novos casos no Brasil, estimados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário figura entre as doenças mais comuns entre as mulheres. Silencioso, o câncer de ovário demora a apresentar sintomas e pode se desenvolver consideravelmente antes de ser detectado bastante antes de ser detectado.


Por isso, cerca de 75% dos casos têm o diagnóstico quando a doença já está avançada. Sua incidência está associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. A história familiar é o fator de risco isolado mais importante (cerca de 10% dos casos). O tumor pode acometer a mulher em qualquer idade, mas é mais frequente depois dos 40 anos.


Os sinais iniciais do câncer de ovário normalmente são inespecíficos e podem ser confundidos com os de outras doenças ginecológicas, por suas semelhanças. Sintomas como cólicas, dor abdominal, náuseas, diarreia ou constipação, fadiga, menstruação desregular, sangramento anormal e a necessidade frequente de urinar, podem ser comuns em outras doenças, porém, necessitam de atenção.


Como a doença não possui sintomas específicos, esse tipo de câncer se torna um dos mais difíceis de serem diagnosticados. Além disso, a escassez de exames de rastreio, quando comparado a outros tipos de câncer, dificulta a identificação precoce do câncer de ovário. Esse fator prejudica as chances de resultados melhores nos tratamentos, uma vez que quando diagnosticado, o câncer pode se encontrar em estágios mais avançados.


Entretanto, é possível fazer a prevenção, para isso, é preciso consultar um ginecologista regularmente, controlar o peso e evitar alimentos gordurosos (há estudos que indicam relação entre esse câncer com obesidade e alto consumo de gordura).


Fazer exames periodicamente, de acordo com orientação médica, se tiver um parente de primeiro grau com história de câncer de ovário e/ou de mama, respeitar as datas dos retornos ao ginecologista, especialmente se faz terapia de reposição hormonal, passar por avaliação ginecológica regularmente se tem mais de 40 anos é o ideal no conjunto que compõe uma boa prevenção. O prognóstico é sempre melhor quando a doença é diagnosticada precocemente.


Atualmente, as maiores dificuldades dos tratamentos anticâncer são a crescente resistência dos tumores às drogas, a heterogeneidade do tumor e o metabolismo individualizado de quimioterápicos. É necessário levar em conta que cada paciente é único, cada tumor é único e as respostas de tratamento também devem ser assim consideradas.


Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos e saber previamente quais terapias são mais eficazes para cada caso particular contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas. Dentre as novas ferramentas que proporcionam maiores chances de sucesso está o modelo “Organoides Derivados de Pacientes” (PDOs) – um tipo de cultivo celular que reflete no ambiente in vitro diversas características observadas in vivo.


O teste Onco-PDO, trazido para o Brasil pela Invitrocue, permite que as células do paciente sejam cultivadas e testadas para diferentes drogas quimioterápicas e de terapia alvo e analisa como os PDOs respondem aos diferentes tratamentos.

A novidade dos testes de organoides, como o Onco-PDO da Invitrocue, é a oferta de um exame personalizado baseado na resposta fenotípica, em que o resultado é dado pela porcentagem de morte celular para cada tratamento testado. A busca está centrada o medicamento com possibilidade de apresentar melhores chance de sucesso para cada paciente. Esses exames representam um avanço tecnológico de grande relevância.

O Teste Onco-PDO permite experimentar os diferentes tratamentos em laboratório sem que o paciente sofra os efeitos secundários gerados por este tipo de medicamentos. Disponível para coleta em todo o Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário.


Este teste permite que o médico escolha 8 de 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório, representando uma ferramenta de alto valor para a continuidade do tratamento. O relatório, gerado em até 21 dias fornece informações de como os organoides derivados do paciente responderam aos diferentes tratamentos testados.

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