Em 2025, o burnout segue como um problema global alarmante, conforme alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um recente relatório da American Psychological Association (APA) revela que 59% dos trabalhadores convivem constantemente com os sintomas da síndrome, representando um aumento de 6% em relação a 2024. Esses dados evidenciam o impacto devastador do esgotamento profissional não apenas na produtividade, mas também nas relações interpessoais no ambiente de trabalho.

A solidão, especialmente em regimes remotos, emerge como uma das consequências mais preocupantes. Pesquisa da Gallup aponta que 44% dos trabalhadores remotos relatam sentir isolamento social, índice consideravelmente superior aos 29% dos profissionais que atuam presencialmente ou em modelos híbridos. Essa desconexão compromete diretamente o engajamento, a colaboração e a inovação nas empresas, agravando ainda mais o cenário.

Outro fator crucial é a falta de suporte por parte das lideranças. Um estudo da McKinsey revelou que 75% dos trabalhadores consideram o papel de seus gestores fundamental para a saúde mental no trabalho, mas apenas 38% percebem apoio efetivo. Tal lacuna evidencia a urgência de iniciativas que capacitem os gestores para uma atuação mais empática e proativa.
Eduarda Camargo, Chief Growth Officer da Portão 3 (P3), reforça a gravidade da situação: “O burnout não é apenas uma questão individual; é uma ameaça à sustentabilidade das organizações. Empresas que promovem conexões sociais saudáveis e investem no bem-estar dos funcionários estão mais preparadas para enfrentar desafios e garantir produtividade.”
As consequências para organizações que ignoram o burnout são severas. Dados da Glassdoor mostram que 42% dos trabalhadores que pediram demissão em 2025 citaram o esgotamento como principal motivo. Essa realidade reforça a necessidade de programas de bem-estar, saúde mental e políticas que incentivem pausas regulares para melhorar a qualidade de vida no trabalho.
Investir em uma cultura organizacional que promova suporte mútuo e diálogo aberto não é apenas uma tendência, mas uma prioridade urgente para combater o burnout e assegurar equipes mais saudáveis e resilientes.