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Analice Nicolau
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Brasil rumo à quinta maior população idosa: desafios crescentes na prevenção do câncer

O papel crucial da oncogeriatria na abordagem personalizada ao tratamento de câncer em idosos

Analice Nicolau

22/11/2023 13h00

O Brasil enfrenta um cenário desafiador na saúde pública, com projeções indicando que, até 2030, o país terá a quinta maior população idosa do mundo, segundo dados do Ministério da Saúde. A questão se agrava com o rápido crescimento da incidência de câncer em pessoas com mais de 60 anos, impulsionado pelo processo natural de envelhecimento.

 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) revela que impressionantes 70% de todos os casos de câncer ocorrem na população acima de 60 anos. Essa estatística se traduz em 97 casos para cada cem mil pessoas nessa faixa etária no Brasil. E a situação tende a piorar nos próximos anos, com uma projeção de aumento expressivo de 98% nos casos de câncer em idosos até 2040.

Dra. Lucíola Pontes, oncogeriatra

Diante desse panorama, a Dra. Lucíola Pontes, oncogeriatra e líder médica do Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia do Hcor, destaca a importância de abordagens específicas para a população idosa. A oncogeriatria, segundo a especialista, vai além do tratamento convencional de câncer, considerando as particularidades do envelhecimento.

Durante a avaliação de pacientes acima de 60 anos, a Dra. Lucíola e sua equipe analisam aspectos nutricionais, cognição, alterações de humor, polifarmácia, teste de equilíbrio, comorbidades e funcionalidade. Essa abordagem holística permite direcionar o tratamento de forma personalizada, levando em consideração não apenas a doença, mas também a qualidade de vida do paciente.

“A oncogeriatria é fundamental para que o idoso tenha conhecimento das opções de tratamento disponíveis. Por isso, nosso foco é no combate à dor e cuidados paliativos, proporcionando um atendimento humanizado em todas as fases do tratamento”, afirma a Dra. Lucíola.

Com o envelhecimento da população brasileira, a matéria destaca a urgência de estratégias de prevenção e tratamento adaptadas às necessidades específicas dos idosos, enfatizando a importância de uma abordagem integrada na saúde pública para enfrentar o desafio iminente do aumento da incidência de câncer entre a população mais velha.

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