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Analice Nicolau
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Autismo e Comorbidades: desafios e tratamentos integrados

Explorar os impactos de comorbidades como epilepsia, ansiedade e TDAH no Transtorno do Espectro Autista

Analice Nicolau

22/07/2024 10h30

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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por prejuízos na comunicação social e comportamentos restritos e repetitivos, mas também pode ser acompanhado por diversas comorbidades que agravam os sintomas e afetam a qualidade de vida dos pacientes. Epilepsia, transtornos de ansiedade, depressão, TDAH e TOD estão entre as comorbidades mais comuns. A Dra. Gladys Arnez, especialista em neurodesenvolvimento, destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento.

As comorbidades no autismo variam de pessoa para pessoa. Entre 25% a 40% das pessoas com TEA também sofrem de epilepsia, com sintomas como mudanças abruptas no comportamento, olhar fixo, enrijecimento muscular e distúrbios do sono. Fatores como deficiência intelectual e histórico familiar de epilepsia aumentam o risco.

O autismo frequentemente coexiste com transtornos de ansiedade e depressão, que podem agravar os sintomas do TEA e afetar o bem-estar emocional. Intervenções psicossociais e, quando necessário, medicação são essenciais para abordar essas comorbidades. Surgem também tratamentos alternativos, como a toxina botulínica e o canabidiol (CBD).

O TDAH é outra comorbidade comum no autismo, caracterizada por dificuldade de concentração, impulsividade e hiperatividade. Terapia comportamental e medicamentos podem ajudar a gerenciar os sintomas. Já o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) envolve comportamentos como teimosia, agressividade e desobediência, necessitando de terapia comportamental e apoio familiar.

A ecolalia, a repetição involuntária de palavras ou frases, é mais comum em crianças com autismo, mas também pode ocorrer em adultos. Estratégias de comunicação alternativa e terapia da fala podem ajudar a minimizar esse sintoma.

O tratamento das comorbidades associadas ao autismo é individualizado e multidisciplinar, envolvendo abordagens médicas e terapias como ABA, terapia ocupacional, fonoaudiologia e fisioterapia. A Dra. Gladys Arnez, neurologista infantil, destaca a relevância de considerar todas essas dimensões no cuidado integral das pessoas com TEA.

Compreender e tratar as comorbidades associadas ao autismo é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A busca por soluções integradas e o apoio de profissionais especializados são essenciais para enfrentar esses desafios de forma abrangente e eficaz. A Dra. Gladys também alerta para a importância do diagnóstico precoce, que pode aumentar significativamente a qualidade de vida e as chances de melhora dos pacientes.

“A busca por um médico capaz, especializado no assunto e de confiança é absolutamente necessária”, completa a Dra. Arnez.

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