Na próxima sexta-feira, 02 de agosto, a ACASĂ matriarch Bistrot, no bairro da Lapa, região central do Rio, vai sediar o lançamento do livro ‘Indianarae Siqueira – Uma Vida Em DesTransição’, pela Editora Metanoia. O livro tem capa produzida por Pamelah Castro, contra-capa por Camila Marins, introdução de Duda Salabert e orelha escrita por Erika Hilton, que estará no lançamento. O evento terá ainda a participação na mesa o advogado Nélio Georgini.

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A ativista TransVestiGenere, como se intitula Indianarae Siqueira, e líder da CasaNem, a autora conta sobre sua luta e revela que já foi detida e presa pela luta da causa LGBTQIA+. Em 1995, Indianarae teve os seios expostos por Jovana Baby (a matriarca do movimento trans e travestis do Brasil) em cima do trio da primeira parada LGBTQIA+ do país em Copacabana, quando também posou nua e foi capa da revista ‘Big Man Internacional’, uma espécie de playboy travesti da época.
Foi também em 1995 que ela fundou e passou a presidir o ‘Grupo Filadélfia de Travestis e Liberados’, passando a brigar oficialmente pela causa. Indianarae foi algemada em um poste por policiais em meio a um protesto, sofreu ameaças e teve sua casa foi invadida depois que a ONG que fundou conseguiu aprovar oficialmente no Brasil, pela primeira vez, o nome social nos prontuários médicos e que as travestis fossem internadas separadas ou em enfermaria feminina.
Em 2010, em uma audiência pública na ALERJ, sobre as agressões na parada LGBTQIA+ de Copacabana, o deputado Carlos Minc pediu atenção ao assunto depois dos questionamentos de Indianarae sobre falta de nome social no RJ . A reivindicação tornou-se um decreto de ‘Nome Social’ no Rio de Janeiro. “O movimento está lutando há 3 décadas pelo reconhecimento social das pessoas transexuais, travestis, não binárias e intersexo; as mais esquecidas da comunidade LGBTQIA+. Estivemos na linha de frente da luta pelos direitos LGBTQIA+ levando porrada na cara e sofrendo ameaças”, revela Indianarae, umas das pioneiras da manifestação a favor do reconhecimento por lei e direito.
Em 2020 ela fundou a ‘Rebraca’ (Rede Brasileira De Casas De Acolhimento LGBTQIAPN+) da qual se tornou presidente com 25 casas no Brasil, que conseguiu junto com Symmy Larrat, Secretária Nacional LGBTQIAPN+ e o Ministro Silvio Almeida, a aprovação do projeto ‘Acolhe+’, do qual Indianarae Siqueira é madrinha. Através desse projeto, via TED n° 950403/2023, em parceria com a Fiocruz e Faetec, será destinado mais de 1 milhão e 300 mil reais para fortalecer as casas de acolhimento.
O Lançamento do livro ‘Indianarae Siqueira – Uma Vida Em DesTransição’ acontece a partir das 19h no espaço ACASĂ matriarch Bistrot, que fica na Rua Morais e Vale 21, Lapa