No último sábado, a cantora Anitta abordou o tema da constelação familiar em suas redes sociais, causando grande repercussão entre seus seguidores e na mídia. Ana Lisboa, uma das maiores especialistas em constelação familiar no Brasil, ofereceu uma análise detalhada das declarações de Anitta e da recente tatuagem que a cantora fez, destacando os benefícios e impactos desse método terapêutico na vida de Anitta.

Ana Lisboa explicou que Anitta, desde que enfrentou problemas de saúde, passou por um processo de constelação familiar, mencionado em seu documentário. Guiada pela doutora Sandra, uma amiga próxima de Ana que faleceu no ano passado, Anitta começou a lidar com questões profundas. Segundo Ana, a evolução na postura e nas atitudes de Anitta após a constelação familiar é evidente. Antes, Anitta lidava com transtornos de imagem, como flutuações de peso, e buscava aprovação constante, sentindo a necessidade de ser sempre divertida e adaptável.

A constelação familiar permitiu que Anitta entendesse que o amor próprio está dentro de si e que esse amor é um legado de seus pais e de sua história de vida. Ana Lisboa destacou que honrar pai e mãe, um princípio da constelação familiar, não significa se reaproximar ou pedir desculpas, mas sim fazer as pazes com o passado e aceitar que os pais, com todas as suas falhas, deram-nos a vida. Esse entendimento é crucial para acolher a criança interior que passou por dificuldades e traumas.
A tatuagem de coração feita por Anitta simboliza esse amor próprio e a transformação interna que ela experimentou. Ana Lisboa observou que Anitta mudou sua postura pública, não buscando mais a aprovação alheia, deixando de fazer piadas autodepreciativas sobre seu corpo e mantendo relações de amizade mais genuínas e duradouras. Essa mudança reflete uma distinção clara entre sua persona artística e sua verdadeira identidade.
Além disso, Ana mencionou que a endometriose divulgada por Anitta era um sinal claro de desconexão com o feminino. Segundo Ana, essa realidade é comum e muitas mulheres adoecem por não reconhecerem seu verdadeiro valor. A psicanalista explicou que, no Feminino Moderno, ela trata e acompanha milhares de mulheres com doenças psicossomáticas em órgãos femininos devido a essa desconexão.
Ana Lisboa concluiu destacando que muitas mulheres são educadas a acreditar que seu valor está em suas ações, levando a distorções de identidade e aumento de doenças autoimunes. Pesquisas mostram que 80% das pessoas com doenças autoimunes no Brasil são mulheres, e estudos americanos indicam que mulheres adoecem mais entre os 30 e 60 anos. Com a constelação familiar, é possível reconectar-se com a verdadeira identidade, trazendo paz, equilíbrio e saúde.