Menu
Analice Nicolau
Analice Nicolau

A arma secreta que coloca pequenos negócios na vanguarda do mercado

Colunista Analice Nicolau

10/10/2025 9h00

A jornalista Analice Nicolau mergulha no universo da inteligência artificial e mostra como ferramentas acessíveis, como o ChatGPT, estão capacitando pequenos empreendedores no Brasil. Descubra por que ignorar essa tecnologia não é mais uma opção e como a automação de tarefas pode devolver aos gestores o tempo necessário para focar no crescimento, na estratégia e, principalmente, na conexão humana. Uma análise profunda sobre como a IA está democratizando a competitividade e libertando o potencial criativo dos negócios locais

Marcel Augusto Colling

Ferramentas como o ChatGPT deixaram de ser promessas futuristas e se tornaram aliadas acessíveis para quem precisa vender mais, otimizar o tempo e, acima de tudo, focar no que realmente importa 

Para o pequeno empreendedor brasileiro, o relógio parece sempre correr mais rápido. Com equipes enxutas e recursos limitados, cada minuto economizado é uma vitória. É nesse campo de batalha diário que a inteligência artificial (IA), antes vista como um luxo das gigantes da tecnologia, surge como a maior alavanca de competitividade da década. Ferramentas como o ChatGPT estão capacitando donos de negócios a automatizar tarefas, criar conteúdo relevante e, finalmente, liberar tempo para pensar no futuro.

Uma pesquisa recente do Sebrae revelou que 44% dos pequenos negócios no Brasil já utilizam alguma forma de IA no dia a dia. Entre os mais populares, 51% usam IAs generativas como o ChatGPT para criar textos e posts. O Brasil, aliás, já é o terceiro maior usuário do ChatGPT no mundo, atrás apenas de EUA e Índia, provando a rápida absorção da tecnologia pela nossa cultura empreendedora.

Marcel Augusto Colling, professor de administração no Parque Tecnológico Biopark

Segundo Marcel Augusto Colling, professor de Administração no Parque Tecnológico Biopark, essa revolução silenciosa começa pelo atendimento. “Chatbots inteligentes podem operar 24 horas por dia, qualificando clientes e iniciando vendas. Isso não apenas eleva a satisfação, mas libera a equipe humana para tarefas complexas, que exigem negociação, empatia e pensamento crítico”, explica. Em um mundo onde cada interação conta, essa agilidade pode definir o sucesso ou o fracasso de uma venda.

A transformação vai além dos robôs de conversa. Com a IA, é possível criar campanhas de marketing digital mais assertivas, segmentar clientes com precisão cirúrgica e produzir conteúdo em escala para redes sociais, mantendo uma presença online consistente sem esgotar a equipe. Plataformas de anúncios, como as da Meta e do Google, já usam IA para otimizar a entrega de publicidade, garantindo que o investimento, por menor que seja, chegue ao público certo.

Contudo, Colling alerta que a tecnologia por si só não faz milagres. É preciso estratégia. “O ponto de partida não deve ser ‘usar IA’, mas sim ‘o que eu quero melhorar?’”, ressalta. O conteúdo gerado deve ser tratado como um primeiro rascunho, revisado para manter o tom de voz da marca e garantir a veracidade das informações. Ignorar esses cuidados pode resultar em uma comunicação genérica, que afasta em vez de conectar.

O verdadeiro poder da IA para o pequeno empreendedor não está apenas em fazer mais com menos, mas em ganhar tempo para pensar estrategicamente. Ao automatizar o operacional, o gestor sai do modo reativo e assume o controle, analisando o mercado e planejando o crescimento. Em um país onde a criatividade e a resiliência são a base do empreendedorismo, a inteligência artificial chega não para substituir o humano, mas para potencializá-lo, abrindo caminho para uma nova era de inovação acessível a todos.


    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado