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Analice Nicolau
Analice Nicolau

70% das falências decorrem da falta de inovação

Colunista Analice Nicolau

17/09/2025 18h00

Theo Braga, CEO da SME The New Economy

O consumidor mudou e cobra experiência, dados e visão de longo prazo

No Brasil, seis em cada dez empresas fecham antes de completar cinco anos de atividade. O dado, por si só, já preocupa. Mas um estudo recente da SME The New Economy revela um aspecto ainda mais decisivo: em 70% dos casos, as companhias não quebraram por falta de capital, mas por ausência de inovação. Ou seja, simplesmente perderam relevância perante o mercado e o consumidor.

“O consumidor muda rápido e exige que as empresas acompanhem essas transformações. Na Nova Economia, não importa o tamanho, a tradição ou a marca: quem não inova desaparece. Crescer é se profissionalizar, diversificar e se preparar para atrair talentos e oportunidades”, explica Theo Braga, CEO da SME The New Economy.

O levantamento reforça um ponto central: a irrelevância pesa mais que a falta de recursos financeiros. E, diante dessa lógica, a SME estruturou um guia prático para empresários que desejam se manter competitivos. Braga resume em uma frase o novo cenário corporativo: “Na Nova Economia, inovar deixou de ser tendência e virou condição de sobrevivência”.

A SME condensou a experiência no mercado em dez passos que, segundo Braga, são fundamentais para manter negócios vivos em contextos cada vez mais instáveis. Os tópicos passam por colocar o cliente no centro, compreender seu comportamento em profundidade e estruturar processos de escuta contínua; criar experiências além do produto, transformando consumo em vivência emocional; e utilizar os novos canais digitais para garantir presença onde o público se encontra.

Outros pontos fundamentais incluem inovar para além da tecnologia, revendo modelos de negócio e processos; acompanhar constantemente o mercado para evitar soluções desconectadas da demanda real; e construir cultura organizacional voltada à inovação, permitindo experimentação e aceitando o erro como parte do aprendizado.

Também ganham destaque a necessidade de diversificar fontes de receita, para reduzir vulnerabilidades; investir em capacitação de líderes e equipes, de modo a reagir melhor a crises e enxergar oportunidades; tomar decisões baseadas em dados, transformando métricas em aliados estratégicos; e, por fim, ter visão de longo prazo, compreendendo que a perenidade depende de ativos intangíveis, como reputação e governança, não apenas de caixa imediato.

“O empresário brasileiro precisa entender que inovar não é luxo, é sobrevivência. A Nova Economia cobra relevância diariamente, e quem não acompanha fica para trás”, reforça Braga. Mais do que captar crédito ou ter eficiência operacional, o verdadeiro desafio hoje é reinventar-se em meio a mudanças de comportamento aceleradas e construir valor contínuo, capaz de sustentar a marca no longo prazo.

Fundada em 2020, a SME The New Economy nasceu com o propósito de capacitar empresários e investidores a enfrentar esse novo cenário. Com programas imersivos de alto impacto, consultorias e comunidades exclusivas, já influenciou mais de 100 mil empreendedores, entre eles companhias como Amazon, iFood, Samsung e SBT.

Com crescimento médio de 2,5 vezes ao ano, a empresa alcançou R$ 50 milhões em faturamento nos últimos 12 meses e projeta dobrar esse resultado até o fim de 2025. A meta para os próximos três anos é ousada: atingir R$ 1 bilhão e consolidar-se como referência em formação e estruturação de companhias dentro da Nova Economia.

Se as estatísticas mostram que boa parte das empresas brasileiras sucumbe cedo, o recado da SME é direto, o que separa sobrevivência de fracasso não é sorte nem capital, mas a capacidade de permanecer relevante em um mercado que não para de se reinventar.

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