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Analice Nicolau
Analice Nicolau

45% da população não faz planejamento financeiro, aumentando o endividamento

A ProsperAge atua nas questões comportamentais, que impactam na falta deste planejamento, para pessoas de qualquer idade: desde o primeiro emprego, até a aposentadoria

Analice Nicolau

02/07/2024 11h00

Atualizada 04/07/2024 18h30

Conforme a última pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), cerca de 45% dos brasileiros não fazem controle financeiro. Já outros 20% fazem esta gestão, porém, utilizando a própria memória, sem nenhum apoio adicional.

E quando falamos em endividamento da população, este é um dos elementos que mais levam às pessoas a não conseguirem pagar suas contas, ficarem com dívidas e, mais além, não conseguirem realizar investimentos para segurança futura e realização de seus projetos de vida.

Justamente, por isso, que o empreendedor Leonardo Fernandes, e a especialista comportamental, Aline Campidele, criaram a ProsperAge, um projeto que busca ajudar as pessoas a terem protagonismo financeiro, em qualquer idade. 

“Nós percebemos que não adiantava falar de investimento, porque faltava planejamento financeiro. E não adiantava falar sobre planejamento financeiro, porque as pessoas não cumpriram com seus os orçamentos. E a raiz destes problemas e que mais influencia, são os comportamentos, ou a falta de disciplina, ou a dificuldade que as pessoas têm de usar o dinheiro em favor delas”, comentou Leonardo. 

Aline e Leonardo, trabalharam por anos juntos, atuando nas áreas de relacionamento e financeira, dando palestras para participantes sobre a aposentadoria e previdência e isso, junto com a visão comportamental, ofereceu para eles a possibilidade de poder contribuir para que as pessoas entendam, mais profundamente as causas em suas vidas de não conseguirem poupar dinheiro e, em muitos casos, terem dificuldades no pagamento de contas.  

“Nestas palestras, víamos muito a dor dos participantes que não sabiam planejar e não sabiam, as vezes, nem desfrutar o máximo daquele benefício. Muitos deles, ou não contribuíam, ou contribuíam com o mínimo, e não aproveitavam a contrapartida da empresa. E tudo isso vinha da falta de planejamento, de autoconhecimento, do imediatismo. Juntos, conversávamos sobre essas dificuldades”, conta Aline. 

Sendo assim, os empresários passaram a olhar para o comportamento, como o lugar onde tudo nasce. “Se a pessoa não tiver um comportamento equilibrado do dinheiro, em relação a todos os elementos da vida dela, ela não vai conseguir se planejar e, por consequência, não vai conseguir investir e não vai usar o dinheiro em seu favor”, ressaltou Aline.

Workshops e Mentorias especializadas para melhoria contínua

Os empresários afirmam que sua missão é ajudar as pessoas a olharem para a questão financeira em qualquer fase da vida, observando seus comportamentos, para poderem se programar, não só para a aposentadoria, mas, em qualquer idade, inclusive, para quem vai pensar na faculdade ou começar no primeiro emprego.

“Não adianta falarmos da previdência, por exemplo, sem olhar para o todo. As pessoas precisam de planejamento em qualquer idade, para olhar para frente e poder realizar seus sonhos. As pessoas não usam dinheiro a seu favor e a maioria está muito endividada, sempre correndo atrás de pagar uma dívida. É uma bola de neve e a gente percebe como as pessoas têm dificuldade de lidar com isso. Eu me perguntava: por que as pessoas não vão atrás daquilo que elas podem usar a favor delas com o dinheiro? E é a partir disso que chegamos nos vieses das crenças.”, relata Leonardo. 

Eles contam que o trabalho do protagonismo financeiro começa na questão comportamental, passando por técnicas que ajudam as pessoas a se  conhecerem , para posteriormente, entrar na parte financeira.  

Especialmente, nas empresas, este processo começa por meio de um workshop, para que estas ajudem seus colaboradores a terem melhor saúde financeira, já que isso impacta em todas as áreas da vida, inclusive na produtividade e carreira. 

“A nossa ideia é começar com o workshop, para conscientizar e despertar o desejo de protagonismo financeiro de cada colaborador  É importante que as companhias ofereçam esse momento, afinal, muitas vezes a pessoa está ali, o dia inteiro pensando na dívida dela, pensando em algum problema financeiro, não produzindo como poderia, e às vezes até buscando ser desligada do  emprego diversas vezes visando receber o Fundo de Garantia para pagar uma dívida que ela tem”, comenta Aline.

Neste momento, conseguem despertar nas pessoas,um olhar diferente para o financeiro, a partir do autoconhecimento de seu comportamento, com olhar para o equilíbrio dos outros elementos, que são, físico, espiritual, social, familiar, profissional, intelectual, relacional e comunitário. 

“Trazemos essa consciência, chegando a conceitos sistêmicos, pois cada um traz uma história. E nestes compartilhamentos, trabalhamos as técnicas antes mencionadas, conduzindo meditações e visualizações criativas, para identificar alguns fatores da relação com o dinheiro, desde a infância, trazendo esse primeiro despertar. Depois, passamos para a etapa de debater estas histórias e apresentamos os vieses comportamentais, já conectando com o comportamento financeiro. Na sequência, utilizamos outras técnicas de PNL, para possibilitar  a transformação daquela crença não saudável para uma crença fortalecedora”, diz Aline. 

Neste ponto, quando a pessoa tomou toda essa consciência, os especialistas trazem os elementos da vida de novo, questionando o que ela quer como objetivo de vida, para cada área, a curto, médio e longo prazo. “Se você pensa em construir algo, se pensa na sua família, no seu relacionamento afetivo, na sua vida social, no seu investimento intelectual, de carreira, então, você precisa ter o seu planejamento, e precisa destrinchar isso em todas as suas áreas” orienta Aline.

Após este processo, os participantes entram na parte conceitual sobre investimentos, entendendo o que são riscos, investimento de curto, médio e longo prazo, os tipos de perfil.


“Neste ponto, também, tem uma desconstrução. Não adianta falar que tem perfil conservador, se a pessoa quer ter, a longo prazo, um objetivo para o dinheiro trabalhar a seu favor. Então, trazemos aqui conceitos de investimento, mas já baseados no propósito, no objetivo de cada área da vida, para que o investimento faça sentido”, diz Leonardo.

“A área financeira é só um dos aspectos da vida, dentro do autoconhecimento. Não adianta falar de educação financeira já na escola, por exemplo, sem considerar que se planejar financeiramente é um comportamento presente. Por exemplo, se a pessoa tem compulsividade por compra, onde está esta compulsividade? Está lá no comportamento. Ou seja, tem uma origem anterior a isso. Então, é um grande desafio”, observa Leonardo.

Como desdobramento deste processo do workshop, que é um pontapé para as pessoas, em um grupo heterogêneo entenderem como se planejar, a ProsperAge oferece mentorias aprofundadas para, realmente, trazer o protagonismo financeiro para as pessoas de forma personalizada. “Isso porque a base de tudo é que cada pessoa é um ser humano único, com sua própria história e comportamentos. Então, o planejamento também deve ser individualizado a partir da pessoa que você é”, finaliza Aline.

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