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Super Max de volta ao páreo: e agora, McLaren?

Diante desse cenário ameaçador, a McLaren vai ter que mudar as regras internas e apoiar um piloto de forma clara para conquistar o título

João Luiz da Fonseca

28/09/2025 16h55

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Super Max é ameaça real para dupla da McLaren na luta pelo Mundial de Pilotos (Fotos: Oracle Red Bull Racing / X)

Por João Luiz da Fonseca

jluizfonseca@uol.com.br

Max Verstappen está de volta ao páreo e é uma ameaça real à dupla de pilotos da McLaren na conquista do mundial de 2025 da Fórmula 1. Quem afirma é o próprio chefe da equipe papaya, Andrea Stella, que fundamenta seu temor na sequência de sucessos avassaladores do holandês, que incluem a pole position e vitória em Monza e, em seguida, a atuação perfeita na última etapa em Baku, onde chegou ao sexto Grand Chelem da carreira: largou da pole, cravou a volta mais rápida e venceu de ponta a ponta o GP do Azerbaijão, alcançando a 67ª vitória na F1 e a segunda consecutiva na atual temporada.

Para tornar o feito ainda mais expressivo, a McLaren teve o pior desempenho naquele domingo, com um carro indo de encontro ao muro logo na primeira volta e o outro não passando do sétimo lugar na classificação.

Stella acredita que o desempenho da Red Bull está mesmo em ordem crescente e destacou a importância do novo assoalho introduzido na Itália, que segundo ele pode estar garantindo ganhos significativos de performance para o RB21.

“O carro está tocando mais no solo. Não me surpreenderia se continuar a sequência de bons resultados”, disse o chefe da McLaren.

“A Red Bull é uma séria candidata a vencer corridas e uma séria candidata ao campeonato de pilotos com Verstappen”, admitiu.

“Ele aproveita todas as oportunidades e continua sendo uma ameaça constante para nós”, completou Stella, acrescentando que a partir de agora não há mais margem de erros para a equipe.

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, também vê o campeonato esquentando em virtude do desempenho dominante do holandês que, não à toa, é considerado um talento “fora da curva”.

Na análise de Wolf, embora a dupla da McLaren ainda esteja em vantagem na classificação, o craque da Red Bull tem as ferramentas necessárias para virar o jogo, com a equipe redescobrindo seu ritmo.

Fim da liberdade?

Diante desse cenário ameaçador, a McLaren vai ter que mudar as regras internas e apoiar um piloto de forma clara para conquistar o título. Essa também é a opinião do ex-chefe da Haas, Guenther Steiner, e supostamente de todos aqueles que acompanham o campeonato.

Para ele, a McLaren, que até agora afirma estar dando liberdade para sua dupla duelar pelo título como bem entender, será forçada a tomar uma decisão entre favorecer Lando Norris ou Oscar Piastri nas estratégias de corridas para as etapas restantes. 

Com as duas vitórias seguidas, Verstappen diminuiu a diferença para os candidatos ao título da McLaren. Ele agora está 44 pontos atrás de Norris e 69 abaixo de Piastri, faltando sete corridas para o fim da temporada.

“69 pontos? Basta um abandono do líder do campeonato e Max leva 25 pontos – e as coisas podem mudar rapidamente”, contabiliza Steiner.

Para o ex-chefe da Haas, a maior pressão a partir de agora recai sobre como a equipe de Woking vai administrar seus dois pilotos.

Indo um pouco mais longe, o ex-F1 Giedo van der Garde, que correu pela Caterham, acredita piamente que seu compatriota levantará o troféu do campeonato nesta temporada. “Acho que nem Piastri nem Norris. Max ganhará o troféu. Porque ele tem um carro muito mais competitivo no momento”, avalia.

“Das sete corridas que faltam, apenas duas delas são mais favoráveis para a McLaren: Cingapura – onde Lando Norris é muito forte – e Catar”. 

Cautela

Apesar de todo o alvoroço e apostas em sua capacidade de virar o jogo, Verstappen está preferindo a cautela e minimizando a perspectiva de um quinto título mundial consecutivo, levando em conta a árdua tarefa que ainda tem pela frente.

“Eu não confio na esperança. Faltam sete rodadas e 69 pontos. É muita coisa. Então, pessoalmente não penso nisso”, diz ele.

“Eu vou corrida por corrida, o que tenho feito basicamente a temporada inteira, dando o melhor que posso e tentando marcar o máximo de pontos. Depois de Abu Dhabi, saberemos”.

Para ele, a receita do sucesso é clara: “Basicamente, tudo precisa correr perfeitamente da minha parte, e também preciso de um pouco de má sorte da parte deles”, concluiu.

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