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McLaren e Ferrari vivem clima tenso, que pode significar mudanças futuras

Em atrito com Norris, Piastri já estaria considerando a troca futura da McLaren pela Ferrari, que por sua vez vem sendo criticada por um descontente Leclerc

João Luiz da Fonseca

13/10/2025 11h14

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Piastri de olho na Ferrari, Leclerc descontente com a Ferrari: equipe de Maranello é o atual foco de rumores no ambiente da F1, em paralelo à rixa envolvendo a dupla da McLaren

Oscar Piastri ficou furioso com a McLaren depois de uma ultrapassagem violenta de Lando Norris na primeira volta do GP de Singapura. Pelo rádio, ele pediu a posição de volta, mas a equipe não deu a ordem e Norris terminou em terceiro, enquanto o irritado companheiro ficou fora do pódio.

Foi o que bastou para que a até então “cordial” disputa pelo Mundial de Pilotos se transformasse numa guerra declarada.

Antes de deixar o carro ao fim da corrida, Piastri desligou o rádio durante a fala do CEO da equipe, Zak Brown, e não participou da comemoração pela segunda vitória consecutiva da McLaren no campeonato de construtores, conquistada no mesmo domingo.

Entre os pilotos, o australiano ainda lidera o campeonato por 22 pontos sobre o britânico, e será interessante observar se a regra de “neutralidade” da equipe vai continuar prevalecendo, faltando seis etapas para o encerramento.

Não será tarefa fácil chegar a um “final feliz” de campeonato, caso tenha que deliberadamente priorizar um deles visando a conquista do Mundial de Pilotos.

Somado a isso, a McLaren ainda tem de lidar com a queda de desempenho do carro pela interrupção de seu desenvolvimento, o que permitiu a Max Verstappen vencer duas provas seguidas e chegar em segundo na última etapa, voltando a sonhar com o pentacampeonato.

Tanto Norris quanto Piastri tem contrato multianual com a McLaren, e ambos devem permanecer na equipe em 2026. Contudo, o australiano já estaria de olho  em uma vaga na Ferrari para 2027, segundo rumores emergentes no meio automobilístico.

Crise também em Maranello

Se o clima azedou pelos lados de Woking, a situação em Maranello também não é das melhores.

O que seria uma grande cartada, a contratação histórica de Hamilton pela Ferrari, para compor uma super dupla com Leclerc para a temporada de 2025, acabou se transformando numa decepção de igual proporção.

A italiana ainda não venceu nenhum GP e apesar de uma vitória na sprint da China, o heptacampeão vem tendo um desempenho frustrante e sequer subiu no pódio pela nova equipe, atribuindo a baixa performance às dificuldades de adaptação ao carro, e apontando ainda problemas de estratégia e comunicação com a equipe.

A falta de resultados, e o decorrente constrangimento, levaram o piloto a fazer comentários que foram interpretados pela imprensa como uma sugestão de que a Ferrari deveria substituí-lo.

Charles Leclerc, da mesma forma, não esconde seu descontentamento, também devido ao desempenho inconsistente do SF-25.

Ao afirmar que se sente como um “passageiro” e que a Ferrari precisa de melhorias para voltar a competir no topo da Fórmula 1, essas críticas públicas geraram tensão interna.

O contrato de Charles Leclerc com a Ferrari é válido até 2029, com uma cláusula de saída que pode ser acionada por ele no final de 2026 se metas esportivas não forem alcançadas, o que leva a crer que o piloto considera sua permanência na temporada que vem, quando mudam as regras da Fórmula 1 e um carro totalmente novo será colocado na pista.

Mas já surgem especulações na mídia sobre um desejo do monegasco em deixar a escuderia em 2027, caso as mudanças não se traduzam em vitórias.

Avaliando opções para o futuro, rumores apontam que seu empresário, Nicolas Todt, teria iniciado contatos com equipes como Mercedes, Aston Martin e McLaren.

Nesse panorama pouco positivo, Gabriel Bortoleto também aparece como suposta opção de Maranello para uma vaga como titular em 2027. Sobre isso, muitos fãs destacam, em comentários nas redes sociais, que a troca de equipe, apesar da tradição da escuderia, seria um ”tiro no pé”, ainda mais considerando que a Audi promete vir com tudo em 2026.

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