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“F1 – O Filme”: diversão sem pretensão

Estrelado por Brad Pitt, será mundialmente lançado nesta quinta-feira (26 de junho), incluindo os cinemas brasileiros

João Luiz da Fonseca

26/06/2025 5h00

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Universo das corridas de Fórmula 1 ganha dimensão realista com o filme estrelado por Brad Pitt e produzido em colaboração com o heptacampeão Lewis Hamilton. – Foto: João Luiz da Fonseca/Jornal de Brasília

Os fãs de Fórmula 1 estão prestes a vivenciar, nas salas de cinema, todas as emoções que envolvem o conturbado, disputado e frenético universo da principal categoria do automobilismo.

“F1 – O Filme”, estrelado por Brad Pitt, será mundialmente lançado nesta quinta-feira (26 de junho), incluindo os cinemas brasileiros.

Dirigido por Joseph Kosinski e com produção de Jerry Bruckheimer e Lewis Hamilton, o filme foi gravado com apoio da própria Fórmula 1 e, dessa maneira, propõe uma experiência realista e emocionante, já que grande parte das cenas foi filmada durante vários Grandes Prêmios entre 2023 e 2024.

Isso contribui de forma positiva para levar o público para dentro do mundo da Fórmula 1, com o realismo sendo um dos pontos fortes do filme. Além de utilizar circuitos reais como Silverstone, Las Vegas e Abu Dhabi, a produção ainda integrou elementos da temporada de 2023, como o box da equipe fictícia Apex Grand Prix (APX GP) no GP da Hungria.

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Foto: João Luiz da Fonseca/Jornal de Brasília

Além da garagem, dois carros, um pitwall, uma unidade de hospitalidade, dois pilotos e uma série de membros da equipe se combinaram para dar à APX GP uma sensação de “equipe de verdade”.

Os pilotos e as equipes do grid de 2023 estão ali, então boa parte do longa se desenrola em meio a disputas contra Max Verstappen, Lewis Hamilton, Charles Leclerc e Sergio Pérez. Nomes conhecidos da Fórmula 1, como Zak Brown e Frédéric Vasseur, têm também algumas falas.

Para quem está ansioso para conferir a produção, vale a pena garantir o ingresso e mergulhar fundo — ou melhor, pisar fundo — e sentir a mesma adrenalina, carisma e ação de tirar o fôlego que definem a própria Fórmula 1.

O diretor Joseph Kosinski e o roteirista Ehren Kruger, que colaboraram anteriormente em Top Gun: Maverick, de 2022, se reencontraram e conseguiram mais uma vez unir seus talentos para transmitir a euforia sentida por um frequentador do paddock.

Sonny Hayes (Brad Pitt) retorna à F1 após 30 anos de aposentadoria, convencido a voltar a correr para apoiar o piloto Joshua Pearce (Damson Idris).

E assim começam as cenas espetaculares na pista em Silverstone, que são sensacionais e cumprem as promessas da produção.

Na primeira corrida, o Grande Prêmio da Inglaterra, foram aproveitadas ao máximo as oportunidades de filmagem com os carros APX GP (máquinas de F2 modificadas pela equipe Mercedes, por sugestão de seu diretor executivo, Toto Wolff).

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Foto: João Luiz da Fonseca/Jornal de Brasília

Para ainda maior autenticidade, o filme utiliza tecnologia de ponta para capturar cenas de alta velocidade.

Câmeras também foram instaladas em carros reais para filmar detalhes das corridas. As ações, combinadas com a fenomenal tecnologia de câmera empregada, cumprem a promessa de imersão.

No paddock, em meio à movimentação normal de um GP, uma cena foi gravada com Pitt e Javier Bardem, que interpreta o proprietário da equipe APX GP, Ruben Cervantes.

O filme ainda aproveita imagens reais de acidente, como o de Martin Donnelly, adaptando-as com cores de capacete diferentes para ilustrar a história do personagem Sonny Hayes.

O acidente de Donnelly ocorreu durante os treinos livres para o Grande Prêmio da Espanha de 1990, em Jerez de la Frontera.

Na ocasião, o irlandês da Lotus vinha em um trecho de alta velocidade quando sofreu uma repentina quebra de suspensão. Donnelly saiu da pista e atingiu o muro a cerca de 260 km/h. A batida não foi filmada, mas a transmissão da época registrou o que se passou imediatamente depois do acidente assombroso, que encerrou a carreira do piloto na Fórmula 1.

Mas, a despeito de todo critério adotado para tornar o longa o mais realista possível, nem tudo saiu com perfeição. Embora os monopostos da APX GP sejam, em sua maioria, perfeitamente integrados às imagens das corridas (a ponto de você se perguntar se realmente estavam na pista durante as provas), ocasionalmente há problemas com a escala dos carros, resultando em uma incompatibilidade perceptível.

Algumas questões técnicas também foram explicadas de forma exagerada. Há uma enorme quantidade de estratégia de troca de pneus — por um lado positiva para a autenticidade, mas por outro explorada com frequência demasiada.

Além disso, a escolha do nome da equipe, APX GP, soa de forma desconectada entre as escuderias.
Mas esses “defeitos” são mínimos.

A F1 nunca esteve melhor e a megaprodução de duas horas e meia já é dada como um sucesso de bilheteria. O resultado é um filme que não apenas diverte, como também oferece uma visão aprofundada do universo da F1, sem a pretensão de ser considerado um documentário.

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