João Luiz da Fonseca
Além de marcar uma nova era na Fórmula 1, com grandes mudanças técnicas e estruturais, a temporada de 2026 também terá alterações significativas no calendário de corridas, incluindo a saída de Ímola e a entrada de Madri.
E outras inclusões poderão ocorrer, com o GP da Alemanha podendo retornar no ano que vem, com o ingresso da Audi no esporte, e a Turquia já trabalhando com o mesmo objetivo de retornar.
Mas outro fator importante em particular foi levado em conta, e o resultado foi a alteração da data de dois Grandes Prêmios.
O GP de Mônaco foi movido para o início de junho e, antes dele, o GP do Canadá – que este ano ocorreu no último dia 15 – passará a acontecer em maio, logo após o GP de Miami.
No caso dessas alterações, a logística foi levada em conta, para proporcionar maior facilidade de deslocamento às equipes, diante da proximidade dos países.
Logística
Falando nisso, você já parou para pensar como é o vai-e-vem na Fórmula 1 para cumprir durante o ano um calendário tão intenso de 24 corridas? Essa não é uma operação nada simples para as equipes, que passam a maior parte do ano em turnê global.
Embora cada uma tenha um lugar para chamar de seu – onde está situada a fábrica como base permanente e onde os carros são construídos- há também outro lugar que elas utilizam para facilitar a manutenção.
Isso porque, até mesmo nos fins de semana de corrida, as equipes executam inúmeras operações remotamente da sede.
E não é a toda que nada menos que sete, entre as dez escuderias, possuem fábrica ou centro tecnológico na Inglaterra: Mercedes, Red Bull, McLaren, Alpine, Williams e Haas. Em fevereiro, a Sauber também anunciou a construção de um centro de engenharia na Inglaterra. A estrutura deve ser inaugurada até setembro.
O Reino Unido é eleito o paraíso das equipes de Fórmula 1 por vários motivos.
Em primeiro lugar porque, quando as corridas acontecem na Europa, a logística se torna bem mais simples. A proximidade geográfica e a infraestrutura de transporte bem desenvolvida facilitam o transporte de carros, equipamentos e pessoal para os circuitos europeus. Com as distâncias menores, o transporte é feito principalmente por caminhões e vans.
Além disso, a Inglaterra possui uma forte tradição na Fórmula 1 e uma vasta experiência na organização e realização de eventos de corrida, o que contribui para a eficiência e sucesso dos GPs europeus.
E é por isso que ali está também a principal mão de obra, com uma profusão de talentos em engenharia, além de muitos fornecedores de componentes e tecnologia.
Veja onde estão localizadas as equipes atualmente:
Red Bull: Localizada em Milton Keynes, Reino Unido.
Mercedes: Sediada em Brackley, Reino Unido.
McLaren: Sediada em Woking, Reino Unido.
Aston Martin: Sediada em Silverstone, Reino Unido.
Alpine: Tem uma base em Enstone, Reino Unido, e outra em Viry-Chatillon, França.
Williams: Localizada em Grove, Reino Unido.
Haas: Embora sediada principalmente nos EUA, a Haas também possui um centro de operações de corrida em Banbury, Reino Unido.
Ferrari: Maranello, Itália
AlphaTauri: Faenza, Itália:
Sauber: Hinwil, Suíça