A declaração é de Liam Lawson, neozelandês que atualmente compete na Fórmula 1 pela equipe Racing Bulls. Mas ele não é o único que considera que o campeão da F2 em 2022 é o piloto que mais merece estar na Fórmula 1 neste momento.
Drugovich e Lawson competiram na Fórmula 2 nas temporadas de 2021 e 2022. No primeiro ano, o brasileiro venceu o neozelandês por dois pontos, ambos terminando em oitavo e nono, respectivamente.
Após estrear na categoria com a MP Motorsport em 2020, Drugovich se reuniu com a equipe em 2022 e a parceria teve uma temporada dominante a caminho de vencer o campeonato com uma margem de 101 pontos sobre o rival mais próximo, Theo Pourchaire.
Após seu triunfo, Drugovich se tornou piloto de testes e reserva da equipe Aston Martin na Fórmula 1 já naquele ano e, desde então, participou de seis sessões de TL1, a mais recente no GP da Hungria, no dia 1° de agosto, em substituição a Fernando Alonso.
E é o próprio piloto espanhol que também sai em defesa do brasileiro, engrossando o coro daqueles que concordam que o paranaense de 25 anos merece muito estar no grid.
“Seria ótimo ver Drugovich na F1. Tem um talento incrível; o título conquistado na Fórmula 2 foi uma demonstração disso”, afirmou.
O bicampeão acrescentou que a experiência de trabalhar ao lado dele na Aston Martin reforça a convicção de que o brasileiro reúne todos os requisitos de um piloto titular.
“Podemos ver isso aqui todos os dias, quando atuamos juntos. O trabalho no simulador, os treinos livres que fez. Em tudo ele sempre entregou o desempenho que a equipe pedia, mesmo com quilometragem muito limitada. Seria interessante vê-lo em um assento de titular, e espero que isso aconteça“, concluiu.
“Ele tem sido parte integrante do programa de simuladores da nossa equipe no Campus de Tecnologia da AMR e sempre fornece feedback valioso e perspicaz, que ajuda a impulsionar o desenvolvimento do carro”, reforçou o chefe da Aston Martin, Andy Cowell.
Versatilidade
O percurso de Drugovich no automobilismo também é marcado pela versatilidade e capacidade de adaptação. É o que tem demonstrado ao marcar presença em provas de outras categorias de ponta.
Em julho, ele participou da rodada dupla da Fórmula E, em Berlim, ao substituir Nyck de Vries na equipe Mahindra Racing. Com um desempenho impressionante, Drugo pontuou na corrida de domingo, com um 7º lugar, depois de largar em 19º devido a uma penalidade na qualificação.
Esse, contudo, não foi seu primeiro contato com os carros elétricos, pois já havia participado dos Testes de Novatos em Berlim em 2023, e liderou a tabela de tempos com a Maserati.
De quebra, Felipe ainda tem um envolvimento crescente com o Endurance, competindo este ano nas 24 Horas de Daytona e nas 24 Horas de Le Mans com a Cadillac.
O piloto já participava da European Le Mans Series (ELMS) e no ano passado conquistou um pódio na série ao terminar em segundo lugar em Ímola.
A ligação prévia com a Cadillac por pilotar seus hipercarros em provas de longa duração – impressionando a equipe com sua performance -, o coloca como forte candidato a uma vaga de titular da nova equipe da F1 para a temporada de 2026.
Ao criar uma relação de confiança e familiaridade com a fabricante, ele é apontado entre os favoritos para formar dupla com Sérgio Pérez que, segundo as expectativas, deve ser anunciado para a primeira vaga durante a programação do GP da Itália, entre os dias 5 e 7 de setembro, em Monza.
Drugovich não desmente e nem confirma os rumores, mas reforça que estar na Fórmula 1 sempre foi o seu objetivo principal. “Realmente, não sei. Tento fazer o melhor que posso na pista, e espero que isso se traduza em uma vaga para o ano que vem”, disse ele.