Fonte: A cidade On Campinas
A EsPCEx Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), localizada em Campinas, anunciou que terá o sistema de cotas para autodeclarados negros e pardos no próximo processo seletivo. A inclusão atende a determinação de abril deste ano do STF (Supremo Tribunal Federal), a Lei de Cotas, de 2014, válida também para concursos das Forças Armadas. A primeira instituição a aderir foi o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Cursar a EsPCEx é uma etapa obrigatória aos interessados em ingressar na Academia das Agulhas Negras (Aman), que forma oficiais de carreira do Exército. O aluno fica em Campinas durante um ano, para depois ser formado cadete e enviado ao Rio de Janeiro, onde fica mais quatro anos. Apenas depois desse período é que o formando como tenente.
A lei prevê que 20% das vagas em concursos e processos seletivos de órgãos federais sejam reservadas para negros e pardos. O edital para acesso na EsPCEx, publicado em maio, prevê ainda que os candidatos que se declararem negros ou pardos serão submetidos a uma “comissão de verificação” da veracidade da autodeclaração – ou seja, que vai confirmar se o candidato é de fato negro ou pardo.
As inscrições para a prova da EsPCEX acabaram em 8 de junho. Foram 40.417 inscritos, sendo 29.489 homens e 10.928 mulheres. A concorrência é de 90,8 candidatos por vaga – se fosse oferecido na Unicamp, o curso para formação de cadetes do Exército seria o terceiro mais concorrido, atrás apenas de medicina e arquitetura e urbanismo. No ano passado, a EsPCEx teve 42.870 inscrições, o maior número de sua história. A queda neste ano é de 5,7%.

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