Enquanto a maior parte dos atletas trava lutas ferozes para emagrecer, Bruno Prada vive a situação oposta. Por conta da decisão de Robert Scheidt em tentar o tetracampeonato na classe Laser nos Jogos Pan-americanos, o proeiro tem que engordar pelo parceiro para que a dupla mantenha-se competitiva na Star.
Estrela dentre as classes olímpicas, a Star exige velejadores grandes, fortes e atléticos. A Laser, por sua vez, exige o oposto, por ser uma embarcação veloz, de rápida resposta. Como vai competir no Rio pela Laser, Scheidt tem se preservado. “Até que eu não ganhei muito peso. Acredito que eu esteja uns 2kg acima do peso da Laser”, comentou o timoneiro, que não soube precisar, mas avalia estar entre 81 e 82kg. Bruno, por sua vez, ganhou aproximadamente 10kg desde que formou dupla com Scheidt, no começo do ano passado. Atualmente, ele pesa
Scheidt admite que deveria estar um pouco mais ‘forte’. “Para o Mundial de Star, o ideal era eu estar um pouco mais pesado, mas ficar ao redor disso não vai comprometer a nossa performance. Felizmente, o Bruno está bem pesado”, brincou o atleta. “Isso ajuda brutalmente a velocidade do barco”, explicou.
Para o Pan, no entanto, Scheidt terá que entrar em um regime. “Vou ter que perder este excesso na última semana antes do Pan”, comentou. Os dois, porém, ressaltam que não podem também engordar excessivamente quando se dedicarem à Star. “Tem uma regra do peso que você não pode passar desse limite. Se eu tenho 82kg, ele não pode ter mais que 113,7kg. Se eu tiver 81, o peso dele cai um quilo”, explicou o timoneiro.
Robert ressalta que a dupla não é a única que sofre com a balança. “Você vê nos eventos o pessoal correndo e pedalando para passar na pesagem, estilo judô mesmo. Três são sorteados por dia na pesagem, então tem que ficar no mesmo peso a competição toda”, explicou.
Bruno, por sua vez, deu a dica. “A vantagem é que as pesagens são feitas depois da regata, então se você der uma controlada enquanto come fica uma margem de segurança bem legal”, finalizou.
