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Brasil

Clubes do Brasil tentam manter boa fase e seguir na cola dos argentinos

Arquivo Geral

26/02/2007 0h00

A 11ª edição da Liga Sul-americana de masculina de basquete começa nesta segunda-feira, com uma missão específica e bastante clara para Unitri/Uberlândia, Bandeirante/Rio Claro e Unimed/Franca: manter a ligeira hegemonia brasileira dos últimos anos e permanecer no encalço dos argentinos, a nata do esporte na América do Sul.
É bem verdade que a última edição do torneio foi vencida pelo Ben-Hur, da Argentina; mas desde 2002, o Brasil teve cinco finalistas, contra três dos nossos vizinhos (em 2003, o torneio não foi realizado). Contra os brasileiros, pesa o fato de os três hermanos das finais terem faturado o caneco em 2002 (Libertad Sunchales), 2004 (Atenas) e 2006 (Ben Hur). Em 2005, o trono foi para o Uberlândia.
Dados os números, a Liga deste ano começa nesta segunda, com quatro jogos até quarta-feira e que devem servir para acirrar a rivalidade entre as duas principais potências do continente. Em Lima, capital peruana, o Grupo A conta com a Universidad Alas Peruanas, Cocodrilos (Venezuela), Provincial Osorno (Chile) e Gimnasia y Esgrima (Argentina).
Sem espaço nas decisões do torneio desde a primeira edição, em 96, os outros países esperam conquistar um espaço entre Brasil e Argentina. “Este evento irá ajudar o basquete peruano a se tornar mais forte, até por oferecer um espetáculo de primeira e trazer as crianças de volta aos ginásios”, afirma Miguel Chavez Bocanegra, da comissão técnica do Alas Peruanas.
Porém, boa parte das atenções na chave deve estar com o pivô Tiagão. Companheiro de nomes como Tiago Splitter e Anderson Varejão na seleção brasileira campeã sul-americana de 2003. Mas a partir de agora, ele deve desfilar suas arrancadas em defesa do Provincial Osorno.

“É uma oportunidade única que o Osorno me deu, esta de jogar a Liga Sul-americana”, afirmou Tiagão, segundo o site oficial da Fiba no continente. “Acho que podemos alcançar alguma coisa com este bom time”, completa o jogador, que estará em ação contra o Cocodrilos nesta segunda, na abertura do torneio. Na seqüência, o Alas Peruanas encara o Gimnasia.

O único time brasileiro que estará em ação nos primeiros jogos é o Uberlândia. O time mineiro está no Grupo D em Montevidéu, ao lado de Libertad (Argentina), Olímpia (Uruguai) e Universidad de Concepción (Chile). Na rodada de abertura, nesta segunda, o Olímpia encara a Universidad, enquanto o Uberlândia mede forças com o Libertad.
As outras duas chaves só estréiam mais tarde, no dia 2 de março. No Grupo B, os atuais campeões do Ben-Hur jogam na cidade argentina de Rafaela, onde encaram o Felix Perez Cardozo (Paraguai), o Deportivo Nonis (Bolívia) e o Rio Claro. O grupo deveria ser sediado em Assunção, Paraguai, mas as confederações paraguaia e sul-americana decidiram transferir o grupo para a Argentina. Motivo: epidemia de dengue.
“Considerando os riscos que nosso país vem enfrentando com a epidemia de dengue, a Confederação Paraguaia de Basquete discutiu o assunto com os representantes sul-americanos. Sem solução positiva para o nosso confronto, nós decidimos mudar os confrontos para Rafaela”, explicou o presidente da representação guarani, Carlos Maria Ljubetic. “Entendemos que seria melhor prevenir a todos de um problema muito sério, porque seria terrível se um mosquito picasse um jogador.”

Por fim, o Grupo C será disputado no Brasil, onde os anfitriões de Franca hospedam adversários sem muita tradição, como o San José (Paraguai), o Gatos (Venezuela) e o Malvin (Uruguai). O time, que perdeu o título de 98 para o Atenas, vem em boa fase na temporada: garantiu classificação para a segunda fase do Campeonato Paulista como líder (24 vitórias em 26 jogos), além de ser o quinto colocado no Nacional, com sete vitórias em dez partidas.

Com o indisfarçável favoritismo na chave, o time do técnico Hélio Rubens parece preocupado em dar espetáculo não só dentro, mas também fora das quadras. “Temos o objetivo de vencer para dar alegria aos nossos torcedores, e também entrar com a vantagem de fazer mais jogos em casa na fase do playoff”, explica o presidente Paulo Silas de Carvalho.
A cidade, que não recebia um evento internacional há dez anos, está bastante otimista com a volta do ginásio Pedrcão à Liga sul-americana. “Fazer eventos de alto nível e receber dignamente os visitantes já é uma marca do Franca. E, nesta etapa inicial da Liga Sul-americana não será diferente”, promete Marco Baptista, diretor do time, que estréia na sexta-feira, às 21 horas, contra o San José.

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