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Brasília

Apesar do GDF assumir três empresas Grupo Amaral, os veículos velhos continuarão circulando

Arquivo Geral

25/02/2013 14h40

Johnny Braga

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Na manhã de hoje, o Governo do Distrito Federal assumiu a gestão das três empresas do Grupo Amaral: Viva Brasília, Rápido Brasília e Rápido Veneza. As empresas estariam descumprindo acordos firmados com o serviço público de transporte urbano. Além disso, há uma suspeita de que os ônibus mais novos das três empresas estariam sendo deslocados para outras cidades, uma vez que o Grupo Amaral não entrou na concorrrência para a licitação do transporte público.

 

A intervenção foi denominada de “assunção” e determinada em ato publicado no Diário Oficial de hoje. A Polícia Militar deu apoio na operação, que foi calma e sem tumulto. Com a medida, o GDF vai garantir transporte diário para mais de cem mil usuários que utilizam diariamente as linhas das três empresas, em cidades como São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Planaltina, Sobradinho e Plano Piloto.

 

Nas garagens os funcionários comemoraram a medida e esperam que a situação melhore, porque segundo eles o Grupo Amaral não estava cumprindo obrigações trabalhistas, como o pagamento salarial em dia. Um motorista que não quer ser identificado, disse que colegas estariam sem receber o pagamento do mês e que não houve acordo com a empresa para que o mesmo fosse acertado.

 

Apesar da medida, nenhuma linha deixou de sair das garagens. Porém, nas paradas e na Rodoviária do Plano Piloto os passageiros reclamavam da espera que enfrentavam. A auxiliar de serviços gerais Elza Silva, 43 anos, disse que já virou rotina os ônibus do Grupo Amaral não obdecerem os horários. “A gente espera muito na fila, aí quando chega não consegue atender a todos que estão esperando, aí temos que escolher entre entrar e ficar expremido, ou esperar o próximo ônibus que sabe lá que horas vai passar”, reclama.

 

O JBr acompanhou a posse do GDF sobre a garagem de Sobradinho. Lá os técnicos do DFTrans e da TCB – que será a gestora provisória das operações – constataram que havia um número menor de veículos abrigados no local. Dos 94 carros registrados, apenas 85 estavam lá, o que reforça a hipótese de que os veículos estariam sendo deslocados para outras cidades.

 

Do total de ônibus encontrados, 15 estavam em manutenção, 35 em operação e mais 35 sucateados, sem condições de circular. Além disso, não havia combustível nas bombas da garagem, o que obrigava os motoristas se deslocarem para abastecer em um posto próximo.

 

A posse fo GDF sobre as empresas não significa que os veículos velhos serão substituídos por novos. O que irá acontecer é a manutenção preventiva nos carros, que já está em andamento e a melhora do serviço nas regiões atendidas. Ônibus novos, somente quando sair a licitação.

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