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Brasília

GDF avança na militarização de quatro escolas e regulamenta projeto

Arquivo Geral

01/02/2019 13h18

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília.

Francisco Dutra
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O projeto piloto do governo de Ibaneis Rocha (MDB) para a militarização de quatro escolas públicas brasilienses avançou. A edição do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (1º) trouxe a portaria conjunta das secretaria de Educação e Segurança Pública para regulamentar a transformação das unidades em Colégios da Polícia Militar do DF.

O novo modelo é uma aposta do Palácio do Buriti para levar mais segurança e qualidade de ensino aos estudantes. Neste sentido um dos compromissos do governo, é melhor os indicadores brasiliense no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). No ano passado, as notas regionais ficaram entre as mais baixas do país. Contudo, a ideia é criticada por parte dos professores da rede pública e dos deputados distritais.

Segundo o texto do governo, a proposta é estabelecer um gestão compartilhada. A pasta da Educação continuará responsável pela administração pedagógica, enquanto a Polícia Militar fará o controle disciplinar. O projeto será implantado no Centro Educacional 3 de Sobradinho, o Centro Educacional 308 do Recanto das Emas, o Centro Educacional 1 da Estrutural e o Centro Educacional 7 de Ceilândia.

No modelo militarizado, um comandante e um subcomandante da PM passarão a trabalhar na escola, conduzindo a gestão disciplinar. Eles terão o mesmo patamar hierárquico do diretor e do vice-diretor. Coordenadores disciplinares, instrutores e monitores da polícia e do Corpo de Bombeiros também serão integrados ao corpo escolar.

A mudança tem sido objeto de críticas do Sindicato do Professores do DF (Sinpro). Resumidamente, parte dos professores considera que o projeto não atinge os reais problemas da rede pública, sendo uma especie de maquiagem. Do ponto de vista do deputado distrital de oposição Fábio Félix (PSOL), o projeto agride o ordenamento jurídico das diretrizes da educação pública. O parlamentar levou o caso para a Promotoria de Defesa da Educação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

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