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Brasil

Mês de novembro chama atenção para aumento dos casos de câncer no País

Arquivo Geral

27/11/2018 7h00

Atualizada 26/11/2018 23h02

Divulgação

No dia 27 de novembro é celebrado o Dia Nacional de no Combate ao Câncer. A data reforça a conscientização da população e das autoridades para a necessidade de combate à doença, além de ser um chamado para a importância do diagnóstico precoce. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se, para o Brasil, no biênio 2018-2019, a ocorrência de 600 mil novos casos de câncer, a cada ano.

Essa estimativa reflete o perfil de um país que possui índices altíssimos de casos de câncer, dos mais variados tipos. Os dados do Instituto mostram que a maioria das mortes pela doença é de casos relacionados aos cânceres de próstata, pulmão, mama feminina, cólon e reto. Entre os mais incidentes, entretanto, ainda apresenta altas taxas para os cânceres do colo do útero, estômago e esôfago.

O oncologista da Rede D’Or São Luiz e Diretor Técnico do Acreditar Oncologia D’Or e Onco Star Brasília, Anderson Silvestrini, ressalta que o diagnóstico precoce é fator fundamental no resultado final do paciente com a doença.

“A prevenção e o diagnóstico precoce é a chave para aumentar as taxas de cura relacionadas ao câncer. Podemos separar a prevenção em primária, onde incluimos alimentação balanceada e saudável, atividade física regular e não fumar e secundária, onde incluimos os exames de rastreamento em população saudável, sem sintomas. Aí incluem-se mamografia anual a partir de 45-50 anos, exame ginecológico periódico, colonoscopia apos os 50 anos e rastreamento para o câncer de próstata”, explica.

“Quanto ao diagnóstico precoce, é importantíssimo. Como exemplo podemos citar o câncer de mama onde a doença inicial tem taxas de cura superior à 90% enquanto os avançados estão abaixo de 50%”, completa Silvestrini.


Câncer de Pele é mais frequente

Entre os tipos de câncer mais frequentes no país, está o de pele. Atualmente, corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Embora esteja entre os mais comuns, o tipo específico apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente.

Com a expectativa de vida da população brasileira crescendo, o número de casos de câncer também vem aumentando. De acordo com dados o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as pessoas acima dos 65 anos de idade estão mais expostas ao risco de desenvolvimento dessa doença. Mais da metade das mortes causadas por câncer no país são nessa faixa etária – anualmente 75 mil idosos morrem no Brasil em decorrência disso. A estimativa é alarmante. A projeção para 2018 é de que serão 165.580 novos casos, sendo 85.170 homens e 80.410 mulheres.

Em Brasília, o Dr Erasmo Tokarski que atua na área da Dermatologia, Estética e Cirúrgica há mais de 30 anos, explica que existem duas categorias principais de tumores na pele. “O não melanoma é o mais frequente e tem baixa letalidade. Ele atinge a epiderme, a camada mais externa da pele. Já o tipo melanoma é raro, porém mais agressivo. Ele ataca os melanócitos, as células que produzem o pigmento melanina, e tem grandes chances de metástase, ou seja, de se espalhar para outras partes do corpo”, conta.

De acordo com o especialista, os cuidados com a prevenção são fundamentais para diminuir a incidência do câncer de pele. Alguns dos fatores de risco são a exposição solar exagerada e bronzeamento artificial. Também há aspectos naturais, por exemplo, ter histórico da doença na família e ter pele clara, que é mais sensível a radiação solar.

Ele descreve ainda os sinais que precisam de atenção. “Uma boa dica é a regra do ABCDE. Você precisa consultar um médico se tiver uma pinta ou mancha que seja Assimétrica, tenha Bordas irregulares, alterações na Cor, Diâmetro maior que seis milímetros e apresente Evolução ou modificação ao longo do tempo”, alerta.

O tratamento pode incluir cirurgia para retirada do tumor (podendo ser feita com laser, bisturi, congelamento e fototerapia, entre outras técnicas), medicamentos de uso tópico e radioterapia, dependendo da gravidade do quadro. “Mesmo em casos mais simples, é importante ir logo a um profissional especializado. O câncer pode provocar lesões, geralmente nas áreas mais expostas do corpo, e gerar problemas estéticos, prejudicando a imagem e a autoestima do paciente”, afirma o dermatologista.


Saiba mais

· É importante usar filtro solar diariamente e reaplicar o produto a cada duas horas, nas atividades de lazer ao ar livre, ou a cada quatro horas no dia a dia. Uma boa frequência para a rotina cotidiana é aplicar o protetor de manhã antes de ir ao trabalho e reaplicar antes de sair para o almoço;

· Usar chapéus, óculos escuros, roupas com fator de proteção e guarda-sol;

· Ir ao médico caso surjam pintas ou manchas suspeitas, que coçam, ardem, descamam, sagram ou mudam de cor e tamanho, e feridas que demoram mais de quatro semanas para cicatrizar.

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