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Brasília

Vencer?

Arquivo Geral

28/09/2016 7h00

Atualizada 27/09/2016 12h23

Não temos jogos do Brasileiro, hoje. O chamado “meio da semana”, no futebol, está reservado à Copa do Brasil e à Copa Sul-Americana. Não se pense, porém, que por isso teremos menos emoções nos gramados. A começar pelo fato de que as equipes que lideram o Brasileiro da Série A estarão em campo, ou seja, irão desgastar-se (desgastar-se-ão ficaria lindo, mas pedante). Falo, claro, de Palmeiras, Flamengo, Atlético Mineiro e Santos.

O Verdão irá Porto Alegre enfrentar o Grêmio. Não dá para falar que é o confronto mais difícil porque, nesta fase, com apenas oito times na briga pelo título da Copa do Brasil, seria ridículo falar em amplo favoritismo para quem quer que seja (apesar das comemorações veladas do Atlético Mineiro por enfrentar o Juventude – mas isso é papo para daqui a pouco). Líder do Brasileiro, um ponto à frente do Flamengo, o Palmeiras enfrentará um Grêmio (re)motivado pela chegada de Renato Gaúcho e Valdir Espinosa. E com um detalhe: assim que chegou, o novo treinador falou que a Copa do Brasil seria sua prioridade.

O vice-líder Flamengo parece ter um problema menos “problemático” para resolver. Tanto que pretende entrar em campo, contra o Palestino, em Cariacica (ES), com um time reserva. Depois de derrotar a equipe chilena, em Santiago, o rubro-negro carioca sabe que é, sim, favorito para seguir adiante na competição continental. Não se pense, porém, que o time carioca é o único brasileiro envolvido na Sul-Americana, não. Temos mais: Coritiba, Santa Cruz e Chapecoense continuam na mesma briga.

O Coxa perdeu em casa, para o Belgrano, e terá uma missão muito complicada para permanecer na luta. Como ainda corre riscos no Brasileiro, talvez deixe de lado a Sul-Americana para dedicar-se integralmente à permanência na elite do futebol nacional – entenderam o por que da dúvida no vencer do título? O mesmo acontece com o Santa Cruz. Ou melhor… O Santinha está praticamente rebaixado no Brasileiro. A Sul-Americana seria a satisfação da galera, só que o time pernambucano perdeu por dois gols de diferença do Independiente Medellin e mudar o rumo desta prosa será complicado.

Menos complicada está a situação da Chapecoense. Razoavelmente tranquila no Brasileiro, a Chape empatou com o Independiente, da Argentina, fora de casa, e uma vitória simples garante sua vaga nas quartas-de-final da Sul-Americana. Um bom lucro, principalmente financeiro. Certamente para a equipe catarinense não há dúvidas sobre a opção no jogo desta noite: é vencer ou vencer. E ponto final.

Voltando à Copa do Brasil, o Atlético Mineiro deve (repito, deve) jogar tudo esta noite contra o Juventude. Único dos oito classificados que não joga a Série A nacional, a equipe de Caxias do Sul ainda está na luta pela ascensão à Série B (sim, o Juventude está na terceira divisão do Brasileiro). Como o primeiro jogo que define quem sobe será no fim de semana… Bem, temos aquela velha história: vai continuar pensando no sonho de um novo título da Copa do Brasil (já ganhou em 1999) ou vai poupar o time para a volta? Mas… Se levar uma goleada logo mais, virar o placar ficará complicado. E o Galo, ao contrário, tentará fazer o resultado logo hoje para, na partida de volta, daqui a três semanas, avaliar se ainda vale a pena investir no sonho do Brasileiro ou pensa apenas na Copa do Brasil.

Completam a rodada da Copa do Brasil os duelos entre os que podem ficar no G-4 e os que correm riscos de rebaixamento. Em São Paulo o Corinthians, que desgarrou um pouquinho do grupo de frente do Brasileiro, receberá o Cruzeiro. O time mineiro poderia estar em situação mais confortável, mas levou a virada do Flamengo e continua em risco. Risco que é bem menor, porém, do que aquele que atormenta o Internacional.

O Colorado está no Z-4 e, para sua torcida, o rebaixamento seria uma humilhação suprema. Por isso a galera, cobrando atitude dos jogadores, trocaria sem qualquer problema uma eventual eliminação na Copa do Brasil pela certeza de continuar na Série A. O jogo contra o Santos (o mesmo Santos que ajudou a quebrar o jejum de vitórias no Brasileiro do Colorado), na Vila Belmiro, pode ser um divisor de águas para os gaúchos. Celso Roth, treinador com poucos jogos à frente do Inter, está ameaçado. Uma vitória pode empolgar os jogadores e criar a esperança de classificação, afinal de contas, a volta será no Beira Rio. Mas… Com o risco de queda, vale a pena abrir outra frente de luta? Vale a pena vencer?

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