1 – No dia em que Pelé foi sagrado “Atleta do Século” (15 de maio de 1981), a Seleção Brasileira venceu a França, por 3 x 1, no Estádio Parc dês Princês, em Paris. O “Rei” usava terno bege, fez a volta olímpica, carregando o troféu, e foi muito aplaudido pelos franceses, que gritavam seu nome. Para ser o número 1 do esporte, Pelé defendeu o Santos, por 18 anos, entre 1956 e 1974, e a seleção canarinho, em 91 jogos, com 76 gols, sendo 43 partidas oficiais e 42 tentos, entre 1957 e 1971. Entre 1975 e 1977, atuou pelo Cosmos. O 15 de maio, por sinal, é “data 10” para o “Camisa 10”. Nela, também, Pelé fez o seu “gol 10” e estreou no Cosmos, de Nova York-EUA, com gols, nos 2 x 2 Dallas Tornado. Em 1977, marcou todos dos 3 x 0 sobre o Forte Laudrdale Strickes. A 10ª balançada de rede foi, em 1957, nos 3 x 0 Palmeiras, que ele encarava, pela primeira vez. Valeu pelo Torneio Rio-São Paulo e dois tentos, aos 9 e aos 57 minutos. Os gols anteriores haviam sido: 07.09.1956 – Corinthians de Presidente Prudentes-SP (1); 15.11.1956 -Jabaquara-SP (1); 24.03.1957 – Guarani de Bagé-RS (1); 31.03.1957 – Combinado Juventude-Flamengo-RS (1); 11.04.1957 – CorInthians (1); 14.04.1957 – Guarani de Campinas-SP (2); 26.04.1957 – São Paulo (1). O “gol 10” de Pelé sal em noite de quarta-feira, no Pacaembu-SP, apitado por Paulo Simões, assistido por 23.050 pagantes e com esta turma: Manga, Getúlio e Mourão; Fioti, Ramiro e Urubatão (Ivan); Dorval, Álvaro, Pagão (Del Vecchio), Pelé e Tite. Técnico: Luís Alonso Peres, o Lula. O “Verdão” teve: Nivaldo, Múcio e Martin; Valdemar, Valdemar Fiúme e Gérsio; Paulinho (Renatinho), Nei (Fernando), Mazzola (Nardo), Maurinho e Tati. Técnico: Aymoré Moreira
2 – Eleito por jornalistas esportivos das 20 publicações mais importantes do planeta, a votação que fez de Pelé o “Atleta do Século” foi divulgada em sete páginas do jornal francês “L’Equipe”, em 12 de julho de 1980, mas a entrega do troféu só ocorreu em 15 de maio de 1981, em Paris, pelo diretor do diário, Jacques Goddet. “Pelé campeão do século”, em letras vermelhas, foi o título do suplemento especial, trazendo, a figura desenhada do “Rei do Futebol”, que obteve 178 pontos, nove a mais que o corredor norte-americano Jesse Owens e 69 à frente do terceiro colocado, o ciclista belga Eddy Merchx. O troféu é uma escultura simbolizando um atleta de futebol com os braços erguidos, como se comemorasse uma vitória.
3- Data de 18 de maio de 1958 a quinta partida de Pelé com a camisa da Seleção Brasileira. O adversário foi a Bulgária, o duelo rolou no Pacaembu, em São Paulo, amistosamente, como preparativo do time do técnico Vicente Feola para a Copa do Mundo da Suécia. O garoto Pelé marcou dois gols, aos 47 e aos 60 minutos, após Diev ter aberto o placar, aos 7 – Pepe, aos 65 – vestiu a camisa cruzmaltina, pelo Combinado Vasco-Santos, em junho de 1957 –, fez o outro tento da vitória canarinha, por 3 x 1. “A Turma do Rei” nesta batalha era: Gilmar, De Sordi e Mauro; Jadir (Orlando), Roberto Belangero e Nílton Santos; Garrincha, Moacir, Mazzola (Gino), Pelé e Canhoteiro (Pepe). A partida foi apitada pelo uruguaio Esteban Marino e assistida por 25 mil pagantes.
4 – No 19 de maio, Pelé jogou contra quem? Marcou gol? Confira: em 1957, fez dois na goleada santista, por 7 x 1 , sobre o paranaense Londrina. Em 1960, só um dos 4 x 3 sobre o belga Standard Liege. Em 1966, esqueceu das redes no jogo da Seleção Brasileira contra o Chile, com 1 x 0 canarinho. Mas, em 1968 compareceu, com um, nos 3 x 1 sobre o Palmeiras. Em 1974, ficou devendo no 1 x 1 com os corintianos, da mesma forma que em 1976, quando o Cosmos, dos Estados Unidos, passou, apertado, com 2 x 1, sobre o Boston Minutemen. Portanto, quatro gols em seis jogos: 4 + 6= 10.
5 – A data 21 de maio de 1958 foi terrível. Por pouco, o futebol brasileiro não perdeu Pelé para a Copa do Mundo que a Suécia começaria a promover, dentro de um mês. Naquele dia, uma quarta-feira, a Seleção Brasileira programou um jogo-treino, contra o Corinthians, no Pacaembu, em São Paulo, e rolou a bola sob o apito de João Etzel Filho. No placar, sem problemas: canarinhos 5 x 0, com gols marcados por Garrincha (2), Pepe (2) e Mazola. O que pegou foi uma pancada desferida pelo lateral-esquerdo corintiano, Ari Clemente, sobre Pelé. O garoto saiu de campo machucado e só não foi cortado do grupo que iria ao Mundial porque o médico Hílton Gosling bancou a sua permanência, garantindo que haveria tempo para recuperá-lo.
6 – O susto aconteceu nas vésperas do embarque para a Europa, e Pelé não teve como participar dos amistosos contra as italianas Fiorentina e Internazionale, respectivamente, em 29 de maio e em 1º de junho, quando os brasileiros venceram os dois jogos pelo mesmo placar de 4 x 0. Pelé ficou de fora da estreia brasileira na Copa-58, em 8 de junho, nos 3 x 0 sobre a Áustria, e do 0 x 0, com a Inglaterra, três dias depois. Só estreou no terceiro compromisso, em 15 de junho, nos 2 x 0 sobre a então União Soviética. A Seleção Brasileira, do técnico Vicente Feola, que venceu o Corinthians foi: Gilmar; Djalma Santos e Bellini; Nilton Santos, Zito (Dino Sani) e Orlando; Garrincha, Didi, Mazolla, Pelé (Vavá) e Pepe. Os corintianos, treinados por Cláudio Pinho, foram: Aldo; Olavo e Cássio (Idário); Ary Clemente, Valmir (Homero) e Benedito; Bataglia, Luizinho, Índio (Paulo), Rafael e Zague.
