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Histórias da Bola
Histórias da Bola

HISTÓRIAS DA CAMISA 10

Arquivo Geral

25/04/2017 12h52

1 – Pelé foi a capa da edição Nº 196, de novembro de 2010, da revista “FourFourTwo” pela passagem das sus 70 temporadas de vida de glórias. Com a chamada “Pelé at 70” e o subtítulo “The Rebirth of the New York Cosmos”, a publicação anunciava que aquilo era algo exclusivo, em 20 páginas contando tudo sobre a carreira do “Atleta do Século, bem como outras atividades marcantes de sua trajetória no planeta. Afinal, os marcadores achavam que ele não era deste. Pelé, também, fez um comercial para o magazine

2 – Durante os preparativos do Santos para o Campeonato Mundial Interclubes que a FIFA realizaria no Japão, para ganhar espaço na mídia internacional, o presidente santista, Luís Álvaro de Oliveira, anunciou a sua disposição de inscrever Pelé na disputa. Brincadeira! Aos 72 anos de idade, o “Rei do Futebol” não teria como encarar o preparo físico de uma rapaziada bem mais nova com. No dia da estreia do Peixe, em 14 de dezembro de 2011, Chico Caruso, do jornal carioca “O Globo” publicou esta charge do “Camisa 10”, completamente cidadão civil, ao lado do craque Neymar.

3 – Ao longo dos mais de mil jogos que disputou, como profissional, Pelé foi substituído e substituiu vários companheiros. O primeiro de quem tomou a vaga na Seleção Brasileira foi o seu colega de Santos, o centroavante Del Vecchio. Paulistano, nascido em 24 de setembro de 1934, este fez oito jogos canarinhos, com quatro vitórias, dois empates e duas quedas, tendo marcado só um gol. Emanuelle Del Vecchio era o nome completo da fera. Media 1m71cm de altura e jogava pesando 69 quilos. Não escondia que fumava, diariamente, uns sete cigarros da marca Hollywood. Atuou, também, no futebol italiano, no São Paulo e no Bangu.

4 – Colocar celebridade para escrever foi uma das saídas muito saídas pela imprensa brasileira na guerra pela conquistado mercado. Em abril de 2006, o jornal “Folha de São Paulo” foi buscar Pelé, “Rei do Futebol” para escrever que ele não tinha a mínima noção do peso que representava ser lançado no ataque da Seleção Brasileira, em uma Copa do Mundo, com apenas 17 anos, sem nenhuma experiência.

5 – Chama-se “Era Pelé” e tem muitas fotos, de Domício Pinheiro, um livro que marca a carreira do Camisa 10. Mas o foco não foi direcionado para os gols. O arquivo do fotógrafo, hoje pertence ao jornal Estado de São Paulo.

6 – Aconteceu em 11 de maio de 1957, na Vila Belmiro, a casa do “Peixe”, e valeu pelo Torneio Rio-São Paulo-1957. A turma do pedaço goleou o Botafogo, com Mané Garrincha, por 5 x 1, e o futuro “Rei do Futebol” não marcou nenhum gol. Mas deve-se dar um desconto para ele, pois ainda não era titular absoluto naquela que fora a sua 22ª partida pela equipe santista. No dia, até começou a partida como titular, formando dupla ofensiva com Pagão. Os “matadores”, no entanto, foram Dorval (3), e Tite (2).

7 – No jogo citado acima, o técnico Luis Alonso Peres, o Lula, que já armava um revezamento, entre Pelé, Pagão e Del Vecchio, escalou esta formação: Manga, Getúlio e Mourão; Fiotti, Ramiro e Urubatão; Dorval, Álvaro, Pagão (Del Vecchio), Pelé e Tite (Pepe). O Botafogo, treinado por Geninho e com o seu gol marcado por Paulo Valentim, alinhou: Amauri, Domicio e Nilton Santos; Beto, Bauer (Ronald) e Pampolini; Garrincha, Didi, Paulinho, Quarentinha e João Carlos (Amoroso).

8 – Se, no 11.05.1957, não marcou diante do Botafogo, no 11 de maio de 1965, Pelé deixou três bolas nas redes do Comercial de Campo Grande, que ainda não era Mato Grosso do Sul. Fora o seu jogo 601 e a sua marca chegava a 712, com o placar de 4 x 1. Disputado no Estádio Dilmar Fidalgo, teve Lima marcando o outro gol da turma que era: Cláudio; Carlos Alberto, Mauro e Geraldino; Lima e Haroldo; Peixinho, Mengálvio (Rossi), Coutinho (Toninho), Pelé e Pepe (Abel). O Comercial tinha: Airton; Bráulio, Humberto (Benitez) e Sílvio Berto; Aderbal e Tachinha; Zurivaldo, Nino, Chileno, Zadir e Milton.

9 – Quando Roberto e Erasmo ainda não eram reis da Jovem Guarda, a gravadora RGE acabara de lançar, em 1964, o primeiro compacto simples de (vinil), do segundo, com as músicas “Terror dos Namorados” e “Jacaré”. Pouco depois, ele foi divulgá-lo em São Paulo, pois não emplacava no Rio de Janeiro. Nos bares onde catava, só os garçons assistiam aos seus shows. Em “Sampa”, o “disck-joquei” Ademar Dutra convidou o futuro “Tremendão” para cantar em Santos. Usando só voz e violão, além das duas músicas citadas, Erasmo só cantava mais dois sucessos de Roberto Carlos – “Parei na Contramão” e “Splish Splash” –, alguns sambinhas e alguns rocks. Muito bem! O show rolava em uma boate santista, quando Erasmo cantou “Moleque Trinta”, que terminava fazendo referência a Pelé. O craque da bola estava escondidinho, em um cantinho, com uma namorada, e achou interessante a letra da música. Avisado, Erasmo foi falar com ele. Ao se abraçarem, o craque da música bateu, de primeira: “Eu estava no Maracanã (junho de 1957) e vibrei com três gols seus, com a camisa do Vasco (Torneio Internacional do Morumbi), naquele jogo (do Combinado Vasco/Santos), contra um time português (Belenenses). Quando reencontrou com Roberto Carlos, Erasmo foi logo contando: “Bicho! Sabe quem foi ao meu show, em Santos? O Pelé!” Claro que Roberto não acreditou.

10 – Quando era um garotão bom de bola nas peladas de Bauru, Pelé disputou amistosos pelo time do Noroeste, que queria contratá-lo. Dondinho, o seu pai, chegou até a conversar com os cartolas do “Norusca”, mas Waldemar de Brito, o técnico do garoto, no “Baquinho”, o time dos guris do Bauru Atlético Clube, o convenceu a não fazer aquilo, prometendo leva-lo para o Santos. Quando jogou contra o clube alvirrubro bauruense, pele primeira vez, em 13 de novembro de 1960, pelo Campeonato Paulista, Pelé marcou dois gols nos 3 x 1. Da segunda, em 13 de agosto de 1961, fez três, nos 7 x 1. No mesmo ano, em 6 de dezembro, dos 4 x 2, mandou duas bolas não filó. Pelo Paulistão-1962, em 26 de setembro, Pelé já havia marcado dois tentos diante do Noroeste, mas o juiz os anulou. Então, fez mais dois, que valeram: “Peixe” 4 x 0. Ao final da partida, quando um repórter de Bauru lhe perguntou o que ele tinha conta a cidade. Pelé respondeu: “Nada!” – imagine se tivesse.

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