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Brasília

Começaram as especulações e os lobbies para 2018

Arquivo Geral

27/07/2016 7h30

Atualizada 26/07/2016 21h32

É natural que já tenham começado as especulações sobre as eleições de 2018 em Brasília. Sempre há os que se acham capazes de prever candidatos e resultados com tanta antecedência. Não aprendem com os fatos passados e nem consideram as inúmeras variáveis que influirão sobre o pleito. E confiam em que ninguém vai conferir depois, quando o quadro se definir.

Basta lembrar alguns exemplos. Em julho de 1992 quem imaginaria que Cristovam Buarque seria eleito governador, derrotando o candidato do governador Joaquim Roriz? Em julho de 2000, ninguém previu que Roriz ganharia apertado de Geraldo Magela, no segundo turno. Parecia fácil.

Um exemplo mais recente: em julho de 2012 poucos imaginaram que Rodrigo Rollemberg seria eleito governador em 2014. Poucos dias antes do registro de chapas ainda havia quem garantisse que Reguffe seria candidato.

Sempre há “analistas” cravando candidaturas que não se confirmam, vendo candidatos que dizem não ter chances sendo eleitos e apostando tudo em futuros derrotados.
As especulações hoje são, em grande parte, apenas lobbies de políticos que querem se valorizar.

Eleições presidenciais não são pequeno detalhe
Mas já que as especulações são inevitáveis, é bom que os especuladores levem em conta um fator muito importante – as eleições presidenciais. As definições de candidatos e alianças para a disputa pela presidência da República certamente terão influência nas candidaturas em Brasília.

Apenas para exemplificar: o PSB do governador Rodrigo Rollemberg terá candidato em 2018? Se sim, com apoio de que partidos? Se não, quem os socialistas apoiarão para presidente? Marina Silva, provável candidata pela Rede? Ciro Gomes, quase certo como nome do PDT? Algum dos possíveis nomes do PSDB, como Serra. Aécio ou Alckmin?

Há outras questões a considerar, como se o PT apoiará Ciro ou terá candidato próprio, e com quem estarão o PMDB, o PSD e o PP, entre outros. Os candidatos e as coligações nacionais terão de ser considerados na definição do quadro local. Quem é capaz de prever, de verdade, o que vai acontecer?

Se a Justiça não respeita o teto,quem há de respeitar?
É absurdo haver desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios ganhando mensalmente mais do que o teto constitucional, que é de R$ 33.763. É escandaloso haver desembargadores e juízes recebendo entre R$ 70 mil e R$ 95 mil mensais. É mesmo um acinte.

Matéria publicada no Correio Braziliense cita diversos casos em que o teto constitucional é superado por ampla margem no Judiciário. Os desembargadores e juízes recebem benefícios injustificáveis, como o auxílio-moradia.

Eles presumivelmente já moravam em Brasília antes de ocuparem os cargos. E se viessem de mudança poderiam receber o benefício, mas por um período curto e determinado, até se instalarem na cidade. O auxílio-moradia, ainda mais para quem já ganha muito bem, é imoral.

Um excelente emprego
O Tribunal de Justiça deveria divulgar, com transparência, quanto recebem efetivamente seus integrantes – incluindo vantagens adicionais — e quanto a Corte custa à sociedade.
Não é à toa que 33 advogados se inscreveram na Ordem dos Advogados para concorrer a uma vaga no TJDFT. Ganha-se muito bem e há muitas mordomias, além do status.
E para ser desembargador não precisa fazer concurso nem demonstrar competência, embora muitos a tenham. É só ter apoio político.

Menos gastos com a frota
O contrato para manutenção dos veículos da Secretaria de Saúde foi questionado em conversa gravada pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues. O ex-subsecretário de Infraestrutura e Logística da Secretaria de Saúde, Marco Júnior, disse que o contrato para a manutenção de 1,7 mil veículos foi irregular e “cheio de vícios”.

Apesar de assinado pela Secretaria de Planejamento e Gestão, “era do Marcelo”, segundo Marco Júnior. Ele se referia ao subsecretário Marcelo Nóbrega, que antes de ir para a Secretaria de Saúde foi da antiga Secretaria de Gestão Administrativa.

A Secretaria de Planejamento nega qualquer irregularidade no contrato. E diz que as despesas com a manutenção da frota do governo estão caindo. Em 2013 e 2014, na gestão de Agnelo Queiroz, foram empenhados R$ 30.803.358,20 e R$ 26.381.788,33. Em 2015, primeiro ano do atual governo, o empenho baixou para R$ 24.948.808,22 e em 2016 para R$ 18.515.136,33.

O meu carro, não
A Secretaria de Planejamento está estudando como reduzir mais os gastos com a frota do governo. Uma das hipóteses é acabar com as locações de veículos e adotar um sistema por corridas. Até a utilização de táxis e Uber está sendo avaliada.

O governo poderia aproveitar para acabar com os carros de uso exclusivo dos secretários e dirigentes de empresas e autarquias. Significaria economia e um ótimo exemplo de austeridade. Mas para isso tem de ter coragem de enfrentar os amantes das mordomias.

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