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Esplanada
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O quarteto de Cunha

Arquivo Geral

21/10/2016 12h00

Atualizada 20/10/2016 21h45

A Operação Lava Jato fez o ex-presidente da Câmara dos Deputados queimar a língua. Eduardo Cunha nunca gostou da Ordem dos Advogados do Brasil, defendia auditoria pública e criticava o exame de ordem para a carteirinha – chegou a incluir um ‘contrabando’ numa medida provisória para tentar derrubar a prova. Agora, trancafiado, Cunha acaba de contratar quatro escritórios de criminalistas renomados. Defendem o político os advogados Pier Paolo Botini; Arns de Oliveira; Ticiano Figueiredo & Pedro Ivo. Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, dá consultoria.

Fui!

Quem defendia Cunha durante seu processo de cassação era o escritório do ex-procurador geral Antonio Fernando de Souza, que denunciou os 40 do mensalão.,

Mas…,

Antonio Fernando não pôs a mão no fogo pelo cliente. Nunca apareceu nas defesas nas audiências do Conselho de Ética. Mandava o sócio.

OAB atenta

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, acompanha a repercussão: “Registramos agora mais uma contradição na trajetória do ex-deputado”.

Tapa de luva

“Depois de anos atacando a advocacia, estimulando o fim do Exame e a diminuição da qualidade dos cursos, ele precisa fazer valer o sagrado direito de defesa”, diz Lamachia.

Despejo

Na véspera de ser preso pela Lava Jato, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado pela Quarta Secretaria para entregar o imóvel funcional em um bairro nobre de Brasília. Cunha deveria ter deixado o imóvel no dia 12 de outubro, um mês depois de ser cassado pelo plenário da Casa.

Abusou

É praxe parlamentares esticarem o tempo de permanência em imóveis bancados com recursos públicos. Mas Cunha abusou, segundo ex-colegas.

Tô fora

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está irritado e adota postura discreta ao se esquivar de perguntas sobre a prisão de Cunha. Quando Cunha foi cassado, em setembro, Renan provocou: “Quem planta vento colhe tempestade”.

Tô fora 2

O presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), também encrencado na Lava Jato, tentou driblar jornalistas na quarta sobre a prisão de Cunha. “Pergunta para a Justiça ou fala com o Lula”, tergiversou o senador.

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