Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Conjunto da obra

Arquivo Geral

23/02/2017 7h00

Atualizada 22/02/2017 23h36

O conjunto da obra define êxitos e fracassos na política. A vitória do governo Rollemberg (PSB) na eleição das comissões da Câmara Legislativa é a prova disso. Em primeiro lugar, o Executivo fez o básico ao empregar toda a força da máquina pública para construir uma robusta aliança circunstancial. Prometeu cargos e espaços em troca de votos. Mas foi além do feijão com arroz. Em primeiro lugar, construiu e cultivou uma margem de segurança na disputa. Fez o dever de casa até o final da votação. Consolidou uma coalizão de 14 deputados distritais e trabalhou para ter ainda mais até o fim da eleição.

Só acaba com o apito do juiz

A partir do esforço contínuo, o GDF conseguiu até mesmo superar o PMDB no embate pela Corregedoria da Casa, dando uma caneta estratégica da Casa para um parlamentar do PSB, diretamente ligado ao governador. Não abriu brecha nem para um prêmio de consolação para os adversários. Outro fator crucial, o governo teve o cuidado de ler e interpretar o cenário sem soberba, de forma respeitosa, até a votação. A oposição e os independentes perderam o timing da eleição e por isso tentaram adiar a eleição para depois do Carnaval para virar o jogo. A demora tornaria mais onerosa a aliança pontual. O Buriti viu o movimento e, preventivamente, pressionou a Casa pela votação “extraordinária” ontem.

Caça e caçador

Rollemberg teve o cuidado de manter a composição com os três deputados do PT e com isso minimizou duros embates em potencial. A vitória na batalha pelas comissões é um passo fundamental para o Executivo implantar sua agenda de pautas e projetos no Legislativo. Isso não significa que o GDF superou as graves limitações no trato com a Câmara. Representa apenas um passo, afinal de contas, política é o conjunto da obra e as fragilidades ainda sangram a gestão Rollemberg. Vale lembrar que no ano passado a oposição e os independentes garfaram a Mesa Diretora graças a uma série de fatores potencializada pelas fragilidades do governo. Neste caso, com as devidas proporções, os papeis se inverteram.

Não é bem assim

O ex-presidente regional do PEN no Distrito Federal, Lucas Kontoyanis, não foi nomeado para a Câmara Legislativa, ao contrário do que a coluna divulgou na edição de ontem. Quem trabalha na Casa é um homônimo.

Crise hídrica

O coordenador da bancada federal do DF, deputado Izalci Lucas (PSDB), defende a aplicação integral dos recursos arrecadados com a taxa extra de água na modernização do sistema de abastecimento hídrico do DF. O parlamentar já encaminhou um ofício para o GDF com a sugestão. Izalci é contra a taxa extra, mas lembra que a perda de água no processo de distribuição da Caesb está muito acima do razoável. “Informações extra-oficiais que nos chegaram nos últimos dias dão conta que a taxa de perda de água no sistema do DF está entre 30 por cento e 40 por cento, o que seria muito acima da média aceitável, algo em torno de 15 a 20 por cento”, frisa o deputado.

Indefinição

A crise hídrica foi objetivo de recente reunião de parlamentares distritais e federais do DF, na casa de Izalci. A partir de consultas à especialistas, o parlamentar chegou à conclusão que o desperdício de água nas redes da Caesb é um dos responsáveis pelo colapso no abastecimento. “Além de a tubulação da Caesb ser velha e obsoleta, há muitas regiões ainda sem o controle por meio de hidrômetros. Em vez de primeiro penalizar o consumidor, o GDF deveria antes de mais nada definir um projeto claro o abastecimento de água no DF nas próximas décadas”.

Casa de ferreiro

Izalci questiona também a falta de informação quanto ao período em que será cobrada a taxa extra, bem como qual será o destino dos recursos acumulados. Nos últimos dias, a tarifa suplementar levantou R$ 9 milhões para os cofres do GDF. “Antes de cobrar da população o governo já deveria ter definido com que fazer com o dinheiro. Isso é mais uma prova de falta de planejamento que castiga nossa cidade”, destacou.

Deselegante

Do deputado Robério Negreiros (PSDB) para o colega Julio Cesar (PRB): “Deixa pra comer depois”. Só por que o ex-secretário de Esporte demorou a atender ao chamado do parlamentar para votar ontem na Câmara Legislativa.

Muita seda rasgada

Na eleição para corregedor da Câmara, a deputada Telma Rufino (Pros) votou no colega e amigo Juarezão (PSB) para o cargo, mas, diante da rasgação de seda dos outros parlamentares para o deputado de Brazlândia, ela emendou: “Só posso dizer se será um prazer votar nele no fim do mandato.”

Risos

Depois de ouvir do próprio corregedor eleito que era um prazer assumir o cargo, a deputada arrancou altas risadas, quando disparou: “Claro que é com muito prazer, não vai cassar ele mesmo”.

Suplente de melancia

Grupo do Facebook voltado para a preservação de Brasília lamentava, dia desses, a possibilidade de que a bancada federal do DF, que considera enfraquecida, adotar como coordenador o senador Hélio José (PMDB). Os participantes só o chamam de senador Melancia, por lhe atribuírem a frase de que está tão forte no Planalto que, se quiser, arranja nomeação até para uma melancia. A propósito, a queixa se referia justamente à preferência pelo ex-suplente do governador Rollemberg dever-se a seu alegado prestígio junto ao presidente Temer. Foi então que o delegado Cláudio Avelar, da Polícia Federal, interviu. “O pior é ser suplente do melancia… Dá pra acreditar???”, disse ele, tristíssimo. Sim, Cláudio Avelar foi indicado pelo PCdoB para a segunda suplência da chapa. Pelo jeito, agora é que Hélio José não dará colher de chá para o suplente assumir. Nem por uns dias.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado