Menu
Coluna D

Arcade Fire, Smartphone, Estação Hack e o que tudo isso tem a ver

Arquivo Geral

15/12/2017 19h01

Atualizada 08/08/2018 12h08

Os últimos sete dias foram intensos. Embarquei para São Paulo no sábado passado (mas deveria ter ido na sexta-feira, se o aeroporto de Congonhas não tivesse sido fechado e meu voo cancelado). Tudo bem, a vida é assim mesmo. Enquanto a planejamos, ela está acontecendo. E a bem da verdade é que temos o controle de quase nada. Então, não me abalei. Madruguei, cheguei às 5h15 no aeroporto e uma hora depois estava voando. O motivo da viagem? Assistir ao show do Arcade Fire, atualmente minha banda preferida.

Win Butler fazendo selfie com o público, neste vídeo. 

Às 20h30 estava na Arena Anhembi aguardando ansiosamente Win Butler e companhia subirem ao palco. E o grande momento chegou. O show foi simplesmente o melhor da minha vida! E também uma experiência antropológica. Observei a quantidade de telas brilhantes de smartphones durante o show, especialmente nos momentos em que o próprio vídeo que passava em dois telões em cima do palco pedia ao público que suspendesse os celulares. Parecia uma constelação.

whatsapp-image-2017-12-15-at-18-34-29

Pensei o quanto esses aparelhos estão moldando as nossas vidas. E viciam! Eu mesma gravei vários vídeos, fiz três transmissões ao vivo pelo Facebook, subi conteúdo para o Instagram e mandei várias mensagens de WhatsApp durante a apresentação de duas horas e meia.

E aí, vou para o segundo motivo da minha viagem, que entrou no roteiro depois. Nesta semana tive a oportunidade de participar da inauguração da Estação Hack, em São Paulo, o primeiro centro de inovação do Facebook no mundo. A escolha, claro, não foi à toa e é justificada em números: 122 milhões de brasileiros acessam a rede social de Zuckerberg por mês, de acordo com Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook e Instagram para a América Latina. Como? A maior parte pelo celular.

whatsapp-image-2017-12-15-at-18-34-28-2

Basicamente, a Estação Hack vai ajudar a preparar os jovens brasileiros para as profissões do futuro com cursos de programação, desenvolvimento de aplicativos e empreendedorismo digital. Serão oferecidas 7.400 bolsas por ano. Além do pilar educacional, também hospedará startups que fazem uso intensivo de dados em suas soluções e com potencial de gerar transformações positivas à sociedade em larga escala. Para esta primeira etapa de aceleração, foram selecionadas 10 startups.

whatsapp-image-2017-12-15-at-18-34-26

De volta ao celular, me pergunto se sem esse aparelhinho da ansiedade o Facebook seria essa potência que é hoje. Se a Estação Hack estaria sendo lançada. Certeza absoluta que não. A maioria dos acessos às redes sociais hoje no Brasil se dá pelo smartphone. E é claro que a inclusão digital no celular amplia oportunidade, já que muitos, por não terem acesso ao tablet e desktop, acabam utilizando esse aparelho para acessar a internet.

Enfim, uma reflexão que já me acompanha há algum tempo, reforçada pelos meus hábitos diários e que me fez escrever esse texto a partir de duas vivências minhas recentes. As relações das pessoas com mercadorias continuam centrais para a compreensão da sociedade. O automóvel foi fundamental para captar o último século, hoje é o smartphone a mercadoria que define a nossa era.

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado